Dramático, sofisticado, exuberante: são muitos os adjetivos que combinam com um dos tecidos protagonistas deste inverno, o veludo. As nuances brilhantes deste pano macio e de pelos curtos surgem em vestidos, casacos, ternos, saias e camisas inspirados por coleções estreladas, como a de Moschino, Sportmax, Alberta Ferreti, Blumarine, e transitam por variados estilos — do folk ao clássico, do esportivo ao elegante.
O veludo é um tecido antiguíssimo e sempre remeteu à nobreza, elegância e sofisticação. Surgiu na Índia, produzido em teares manuais a partir da fibra da seda, depois passou também a ser fabricado na Itália – as indústrias de Veneza, Florença, Gênova e Milão ganharam fama mundial.
A origem do seu nome vem do latim "vellus", que significa "pelo" ou "pelo em tufos". É um tecido de trama densa com textura macia e suave. Comercializado desde o século 14, o veludo vestiu a nobreza europeia e sempre foi relacionado à aristocracia.
Ao longo do tempo, foi muito utilizado para produzir roupas e acessórios luxuosos, como vestidos e casacos. No século 20, tornou-se sinônimo de tecido para trajes de festa. No final dos anos 1960 e 1970, o material ressurgiu com força na moda e passou a ser visto tanto nos looks glamurosos e extravagantes da época quanto em calças, saias e casacos para o dia a dia.
Diferentes tipos
O veludo pode ser produzido a partir de uma variedade de fibras, tanto naturais quanto artificiais e sintéticas. Cada tipo lhe garante um aspecto diferente.
O liso, também conhecido como veludo alemão, é feito de seda ou de algodão. É brilhante, de aspecto sofisticado. Já o cristal é bem lisinho e luminoso, mas é mais leve e mole.
O molhado tem o brilho que lembra o cristal, mas a superfície é irregular. A fibra desse material é prensada em várias direções, resultando em uma aparência cintilante, como se estivesse encharcado.
Já o devorê passa por um processo químico bem curioso, que corrói o tecido e o deixa com desenhos em relevo. A padronagem em fundo fino e semitransparente forma, em geral, desenhos de flores e arabescos. E há ainda o cotelê, com trama felpuda, cortado de forma a produzir riscas verticais, que podem ser fininhas ou largas.
Entre os destaques do inverno estão os veludos lisos e o devorê, que aparecem em diferentes estilos, reforçando a personalidade versátil deste tecido – um nobre que adora flertar com outros moods, inclusive o esportivo.