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Comuns há diversas estações nas prateleiras de lojas de cosméticos de Europa e Estados Unidos, os óleos faciais começaram a conquistar espaço no Brasil nos últimos anos. Um dos lançamentos mais recentes por aqui foi da LOccitane o Óleo Divine Immortelle Antissinais, que custa R$ 395 na embalagem de 30ml, promete rápida absorção para tratar peles secas e até oleosas (que devem usar o cosmético apenas à noite).
Os óleos prometem proteção intensiva contra problemas que podem levar ao envelhecimento da pele, como desidratação e radicais livres. Por terem extratos puríssimos e alta tecnologia em suas fórmulas, muitas marcas apregoam que esses produtos servem para qualquer tipo de pele, seja do corpo ou do rosto, além de poderem ser usados também para os cabelos. Mas será que os óleos são mesmo apropriados para as peles brasileiras, tão propensas a terem oleosidade natural?
Para a dermatologista Vanessa Nunes, existe razão plausível para o produto ter um mililitro tão caro e ser tão incensado lá fora (por aqui, as versões capilares ainda são as mais populares). Isso porque a fórmula dos óleos faciais tem tecnologia que permite quebrar a barreira de oleosidade natural da pele, de forma a depositar os princípios ativos do cosmético com estabilidade.
— É uma grande vantagem os ativos serem conduzidos pelo óleo — diz a médica.
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A ideia vem de um termo médico, carrear. O óleo carreia o princípio ativo para dentro da pele, disfarçando e mimetizando o mesmo. Assim, o princípio passa sobre a superfície da pele sem irritá-la.
— Em circunstâncias normais, o retinol agride, por exemplo. Dá vermelhidão e ardência. Em peles com tendência a manchar, isso pode ser ruim - compara a dermatologista, que ainda, assim, diz que não indicaria o produto para pacientes que tenham pele oleosa ou outros problemas, como rosácea e acne. — O risco é que os óleos atrapalhem a flora bacteriana da superfície da pele. Mesmo que a fórmula seja puríssima, quem tem predisposição a esses problemas provavelmente vai sentir a pele agredida.
Como todo e qualquer cosmético que atue diretamente sobre a pele, a dica de ouro é uma só: consulte um médico especialista para saber qual opção é a mais adequada para a sua pele, especificamente.
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