Perdendo os critérios com os doces da Dona Fulana

Desde que inaugurou sua primeira loja, no ano passado, a confeitaria Dona Fulana é quase um fenômeno das tardes de sábado e domingo no bairro Coqueiros em Florianópolis, quando longas filas podem ser vistas na porta do estabelecimento - tudo gente esperando por uma mesinha. Pra se ter ideia, a página da Dona Fulana no Facebook tem mais de 45 mil curtidas, número similiar ao de seguidores no perfil do Instagram.
Quando cheguei, por ser ainda bem cedo e em pleno sol do verão, o movimento estava tranquilo, mas logo começou a encher. Foi minha primeira visita ao local, embora eu já tivesse provado alguns dos doces em eventos itinerantes.
Antes de passar aos doces, pedimos um Tost Bife, sanduíche de rosbife com picles e bastante queijo, no pão de forma crocante. Se a maioria das pessoas que vai lá opta pelas guloseimas doces, posso dizer que esse sanduíche cumpre muito bem o o papel de salgado.
Depois veio a torta de Tubetes com morango. O clássico morango com chocolate, básico de toda confeitaria, mas com o jeitinho da Dona Fulana, conhecida por usar chocolates e produtos famosos em seus quitutes. Estava deliciosa e fresquinha, com a massa bem fofa e um recheio generoso que não desaponta ninguém.
As escolhas não foram fáceis. O cardápio é um convite à perdição e ao excesso. Optei por provar um dos itens que mais saía da cozinha, de acordo com a minha observação: torta de sorvete. Escolhi o sabor Nutella com Leite Ninho.
Servida numa taça de sundae, a torta é composta por uma porção de massa sabor chocolate, leite em pó, Nutella cremosa e bolas de sorvete de creme por cima. A combinação final de sabores é bem equilibrada, pois o sorvete de creme é suave não deixa a sobremesa tão doce. Só senti falta de um pouco mais do sabor da Nutella.
Fechando a sequência de doces veio o milk shake, outra especialidade da casa, no sabor ovomaltine com Kinder Bueno. Olhando a taça parece um exagero, mas é só provar pra você ter certeza de que vai dar conta do recado. Não recomendado para os que gostam moderadamente de doce.
Ah! Não posso esquecer, teve um simplório cafezinho com leite também nessa história, mas acabou ofuscado...
Saímos de lá com a sensação de termos visitado uma espécie de paraíso dos doces ogros, com um forte apelo popular. A conta ficou perto dos 80 reais (valor que, pro meu bolso, não dá pra gastar com muita frequência em uma refeição. Fica mais para uma extravagância de vez em quando). E a fila na porta continua! Para quem não quiser esperar, eles oferecem também o serviço express, no qual o cliente pega o produto para comer em casa.