O Chicafundó sempre foi um dos meus restaurantes preferidos em Porto Alegre. Muito pelo cuidado e pelo carinho, mas, principalmente, pela comida espetacular. Quando a Elisa e o Matias, o casal chef-proprietário, anunciaram que ocupariam o casarão do antigo Chez Philippe logo minha cabeça explodiu de curiosidade e de perguntas.
Será que o bistrô - originalmente tão pequeno, querido e aconchegante - manteria a essência em um espaço tão maior? Para acabar com a dúvida que assombrava meus pensamentos, mal esperei algumas semanas de funcionamento e reuni o pessoal do escritório para um almoço de firma.
E, logo na chegada, me tranquilizei: o tradicional fogão que decorava a entrada do antigo Chica estava lá, imponente sob o sol do fim do verão. Foi o que bastou para responder aos meus questionamentos.
Assim que passei pela porta, não consegui respirar outra coisa que não Chicafundó. O que mudou? Somente a distância entre as mesas e a quantidade delas. A comida e o clima seguem iguais: incríveis.
Agora são dois andares. E para qualquer lugar que se olhe, lá estão os mesmos detalhes rústicos e carinhosos que lembram casa de vó.
Quadros, penduricalhos, enfeites de mesa e de parede, objetos antigos. Tudo está perfeitamente arranjado para parecer uma casa que foi decorada pouco a pouco.
Mas como era dia de comida boa, chega de frases emotivas e vamos ao que interessa.
A mesa reservada para nós estava em um cantinho aconchegante do restaurante, com quadros e utensílios de cozinha pendurados na parede.
Aliás, o jogo americano também segue o mesmo. Com recadinhos e dicas de vinhos da carta, além do nome de quem fez a reserva. São esses pequenos gestos que fazem a gente se apaixonar.
Assim que sentamos, uma jarra de água foi colocada na mesa. A água sem gás não é cobrada. Ponto pra eles!
Como estávamos em oito, teve quem pedisse o chá da casa, geladinho, com limão e hortelã.
O menu de almoço muda todos os dias, de terça a sábado. Você pode ficar de olho no cardápio da semana no site do Chicafundó ou na página deles no Facebook. Nesse dia, a entrada era crocante de pato com repolho e maçã, acompanhado de uma saladinha com molho de mel. O crocante é uma espécie de rolinho primavera e estava sensacional, agridoce na medida certa.
Ainda estávamos sonhando com o sabor daquele rolinho de pato e maçã quando o prato principal chegou à mesa, colorido e cheiroso. Na nossa frente, polpetone com molho picante de tomate e batatas douradas. Comeria em quantidades absurdas, como diz aquele moço da televisão. Os tomates vinham em pedaços no molho, garantindo uma carne suculenta e uma batata temperada.
Estávamos satisfeitos, mas não poderíamos sair de lá sem a sobremesa. Pedimos as duas sugestões do dia e a opção gourmet para dividir. Começamos pelo crème brûlée, suave e com aquela crostinha que dá gosto de quebrar.
Depois passou de colher em colher o pudim de baunilha, cremoso e cheio de furinhos do jeito que eu gosto, um dos melhores da vida.
A opção gourmet ficou por conta do brownie coberto com cheesecake. A calda de frutas vermelhas vinha no prato, decorada com três corações. Lembra quando eu falei dos detalhes?
Para encerrar um almoço feliz, o espresso da casa, que está incluso no valor do menu. Mais um ponto pra eles!
O valor do almoço de terça a sexta, com entrada, prato principal e café, sai por 40 reais. Como dividimos as sobremesas, o valor por pessoa ficou em 50 reais. Se não puder visitar o restaurante nesses dias, eles também contam com almoço aos sábados e jantares às quintas. Basta reservar e ser feliz.
Chicafundó
Av. Independência, 1.005 - Independência
Porto Alegre/RS
Fones: (51) 3013-4096 ou (51) 9744-6433
Aceita cartões Visa e Master
www.chicafundo.com.br
* Conteúdo produzido por Juliana Palma