Durante alguns dois anos da minha vida, eu tive o prazer de trabalhar lado a lado com o Diogo, o Diego e a Lela, encostando o cotovelo em uma mesa apertada com o trio destemperadp. Daquela época, guardo grandes e valiosos aprendizados. Um deles é: um galetinho tem o poder de melhorar qualquer dia. Lembro com ternura de quando estava num daqueles dias chateada, desmotivada e sem vontade de cantar uma linda canção e a Lela me convidada para almoçar em um galeteria que havia próximo ao escritório em Porto Alegre. Em questão de minutos o meu dia se enchia de luz e só de imaginar uma mesa repleta de travessas de galeto, polenta & maionese, eu voltava a sorrrir. Passados alguns anos e hoje morando em uma região onde salada se come com bacon e sagu é considerado fruta, eu sigo achando que tem dias que só um galetinho salva. Se estou feliz em ter me mudado para a serra gaúcha? Muito. Se já tenho uma galeteria predileta por essas bandas? Alvorada, eu te respondo.
A Galeteria Alvorada é um daqueles classicões da cidade. Pra jantar ou pra almoçar em dia de semana, mas, principalmente, para aquele almoço preguiçoso de final de semana - dia em que é difícil encontrar lugares abertos por aqui. Não disse que um galetinho é salvador??
Mal tu senta na mesa e já começa o festival. A clássica sopa de agnoline não pode faltar por aqui, faça frio ou faça calor de 35 graus. O pãozinho que acompanha é a versão mini do colonial, com miolo bem macio.
Em seguida, chega a travessinha de radicci com bacon. Outro clássico. (Ok, vou parar de falar que são clássicos porque absolutamente tudo nesse post é um clássico da gringolândia!)
Quando o garçom passou oferecendo uma colherada da tal de maionese de frango, eu aceitei. Aceite você também.
Aí, foi eu tomar um gole do suco de uva...
...E quando vi, a mesa já estava completinha. Como em toda boa galeteria, o sistema de reposição é infinito.
Começando pela salada de batata. Purinha, simples e saborosa. Uma garfadinha dessa maionese e eu já sinto que a vida pode valer a pena.
O galeto, estrela da casa, surgiu esplendoroso na mesa.
E a polenta? PQP, que polenta. Como se pura já não fosse uma coisa boa o suficiente, eles inventaram de rechear com queijo.
Para aqueles que não podem ficar sem uma massinha na refeição, ainda tem um spaghetti caseiríssimo, com aquele clássico molho da casa. Ops, falei em clássico de novo.
Vai dizer que depois de comer um galetinho desses não se fica com animo para encarar a vida? Isso até uma nova ida à galeteria. Por pessoa, paga-se cerca de R$ 55,00 na Alvorada. Mas o sorriso no rosto e o carinho na alma que uma refeição dessas proporciona, ah, isso não tem preço.
destemperados
Confortando a alma com o galeto da Alvorada
Destemperados
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