Um delicioso mergulho na Cozinha Artagão

Há cerca de 1 mês foi inaugurada a terceira casa do chef Pedro de Artagão, que é um dos maiores expoentes de sua geração. Depois do Irajá Gastrô, Formidable Bistrô, chega a vez do Cozinha Artagão trazer receitas clássicas e também novas que são de confortar o coração.

Eu sei que tem gente que torce o nariz para restaurante de shopping. Age com desdém como se fosse um pecado capital abrir uma casa de nome naquele imenso complexo repleto de lojas e consumo. Pois bem, a Barra da Tijuca não se abate por estes comentários e muito menos o Barrashopping que não mede esforços para ser um exemplo de complexo gastronômico.

A casa é a maior das três, com mais de 100 lugares. Com perfil bastante familiar e acolhedor.

Além de trazer todo o charme de uma cozinha aberta e staff extremamente atencioso. O garçom que nos atendeu fazia questão de explicar o detalhe de cada prato.

O cardápio é enxuto e descomplicado, tem os clássicos e as novas ideias. E em homenagem a isso o menu que escolhemos no dia fazia essa deliciosa mistura, o velho e o novo em total harmonia! Para começar os trabalhos pedimos o Croquete de Pernil com compota picante de abacaxi. E gente, essa compota... ai ai ai.

Uma casquinha fina e crocante, e por dentro um recheio cremooooso e saboroso.

Pede vinho, pede cerveja, fomos na cerveja. Opção de cerveja artesanal da casa é o chope da Jeffrey em duas versões, o clássico Niña que é uma resfrecante Witbier e o que eles apelidaram de Chope Jeffrey da Casa que é do estilo Pilsen. Pedimos o segundo e foi escolha acertada. Casou com todos os pratos que pedimos.

Já nos principais, eu não resisti. Fui em um clássico. Mas o clássico dos clássicos, o Irajá Burger. O hambúrguer que já era hit na cidade antes mesmo da febre das hamburguerias. São 200 gramas de Black Angus bem moído e vermelho por dentro (como deve ser), coberto com queijo Minas Padrão e cebola confitada. Tudo isso sobre uma deliciosa cama de compota de bacon e fritas artesanais feitas na casa (que eu muito valorizo) e uma maionese de manteiga feitas para mergulhar as batatas e ouse, passe também no pão de leite que também é feito na casa e vem tostadinho na chapa. Fica com aquele sabor de pão na chapa do interior. Ainda preciso dizer que é bom?

Chegando às novidades, o outro prato foi um Badejo ao Couscous com um toque thai. O peixe estava no ponto perfeito, bem suculento, sabores completos e envolventes sobre um rico molho que lembrava uma moqueca, marcado pelo leite de coco. O couscous era bem crocante e trazia os toques tailandeses do prato. Na opinião do namorado que pediu o prato, estava ótimo mas poderia vir mais molho e menos couscous.

E para fechar, uma assinatura consagrada do chef. O cardápio tem novidades aparentemente deliciosas nas sobremesas, que definitivamente me inspirarão a voltar para prová-las. Mas por mais que nosso simpático garçom explicasse com muito talento sobre as novas sobremesas, meu martelo já havia sido batido antes de adentrar ao restaurante. Um bolo quente de brigadeiro por favor!
E lá veio ele. Quentinho, com sabor de bolo de mãe, banhado na calda de baunilha, fazendo um afago na alma. É de comer e querer comer mais dez.

Mas prometi. Eu volto para provar o bolo de cenoura com ganache de Nutella. Ah se volto. A conta total ficou em R$ 212,80 mas valeu cada centavo. Dá aquela vontade de quero mais!