O sabor gaúcho-uruguaio do Gáltcho

Sempre que fico sabendo de algum restaurante novo que abre na minha Pequenópolis eu fico doidinha para conhecer. Não podia ser diferente com o Gáltcho.

O nome Gáltcho é um termo criado pelos imigrantes europeus para os primeiros colonizadores da região dos pampas. É um "homem dos pampas". É nesse contexto que o restaurante se propõe a unir a gastronomia do Rio Grande do Sul e do Uruguay. Gáltcho: cocina gaúcho-uruguaya.

A casa é muito bonita. Curti a arrumação das mesas.

Escolhemos ficar na parte envidraçada que dá para ver a rua. Déjà vu. Saudosa, me lembrei do antigo, e querido por mim, Jasmim.

Fomos atendidos pelo Rogério. Muito bem atendidos por sinal. Já o conhecíamos de outros dois restaurantes maravilhosos aqui da city: Hashi e Floriano Spiess. Estávamos em boas mãos. Ele nos recomendou o vinho português, da região do Douro, Tons de Duorum. Provamos e aprovamos.

O couvert chegou à mesa com minipãezinhos, manteiga, chimichurri suave e pasta de pimentões. Um crocante de parmesão delicioso também.

Eu estava preparada para abrir o cardápio e me deparar com todos os tipos de cortes de carnes que eu conheço e que eu não conheço. As opções de pratos principais não apresentam tantos cortes, mas são de babar. Confesso que deu uma murchada na minha expectativa quando na página ao lado li "pizzas". Não dei bola e nem li. Foquei na página que me fez babar e não titubiei: cordeiro, crosta provençal, e gnocchi de emmenthal. A crosta perfeita e o gnocchi é daqueles que a gente lembra tempos depois e bate saudade.

O outro prato, escolhido pelo Marco, foi o filé mignon com molho Malbec e shitake com batata Arzak. Certo que ele fez esse pedido porque leu Malbec na descrição. Wine lover!

Se eu tivesse que votar no melhor prato, votaria no meu cordeiro pelo sabor e no filé pela apresentação. Fico com o sabor. Voto no cordeiro!

Passada a euforia dos pratos principais, eu me empolguei muito com as sobremesas, mas perdi o parceiro. Pedi então meia porção do churros de doce de leite e fui atendida. Thanks God eu não conseguiria encarar oito desses, mas quatro foi fácil.

São minichurros servidos com doce de leite e ganache de chocolate, tudo quentinho. E ainda fui agraciada com uma deliciosa farofa. O circuito ficou assim: mergulha no doce de leite, baba, passa na farofinha, mergulha no ganache, baba again e passa na farofinha, repete e repete.

Quase chegando a hora de ir embora, ainda batemos um papo com o Rogério, garçom que nos atendeu. Como éramos os últimos a deixar o restaurante, ele, gentilmente, nos ajudou a finalizar o vinho, a convite do Marco. O atendimento foi ótimo. Os pratos estavam deliciosos. A única coisa que me deixou com uma pulga atrás da orelha foi encontrar opções de pizza ao lado dos pratos principais, mas ok, vou fingir que não vi. Antes de finalizar, mais um pouquinho do ambiente mais legal da casa, visto da rua.