Bateu aquela vontade de um jantar daqueles que demoram para terminar, arrancam suspiros e têm direito a tudo. Entrada, prato, sobremesa e, é claro, um vinhozinho. Tá decidido, vamos no francês Le Bateau Ivre. Curtir um pouco do menu provençal do chef francês Gérard Durand.
O dia não podia estar mais propício. Um frio ameno, chuva fraca e um sábado. Sem hora para acabar. Entre amigos. O ambiente acolhedor pede: não tenha pressa. E assim iniciamos.
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Como estávamos com um estudioso e apreciador do assunto, o Rica escolheu o vinho. Para brindarmos a amizade e a viagem à França, um Cairanne Brunel de la Gardine, mas antes, a saudação que o Gerárd ensinou: "Mort aux cons".
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Nossa primeira entrada foi rã à moda Bateau Ivre (Grenouilles à la Façon Bateau Ivre). Ela - thanks God - não veio naquele formato estilo posição de alguém que perdeu a guerra.
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O simpático e atencioso garçom que nos atendeu sugeriu a segunda entrada. Um cremoso de siri com chantilly de abacate e ervas frescas. Não hesitamos.
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Na hora dos pedidos eu botei ordem na casa e fui delicada ao sugerir "não podemos pedir pratos repetidos". Eu e Marco, a Gabi e o Rica somos daqueles tipos que comem de tudo. E ainda cutucamos uns os pratos dos outros. O meu prato foi também escolhido pelo Marco, mas como na nossa casa quem manda é a mulher, ele trocou rapidinho. O prato concorrido pelo casal foi o Carré D`Agneau du Chef - carré de cordeiro ao molho agridoce picante, morangos e mangas frescas. Spectaculaire!
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A escolha do Marco foi codorna recheada com foie gras e cogumelos, molho de baunilha e lavanda. Ler molho de baunilha foi o que, definitivamente, o conquistou. Merveilleux!
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Poisson Singapura. Um filé de peixe ao molho agridoce picante foi a escolha da Gabi. Junto com o prato veio uma porção de batatas em forma de bolinhos que não sei como explicar, explodiam levemente na boca e logo desapareciam. Vou ficar devendo o nome dos bolinhos. Très bon!
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Já tínhamos cordeiro, codorna e peixe. Lembram da minha sugestão de diversificarmos na escolha? Chegou a vez do pato. Magret de canard ou confit de canard ao molho de vinho tinto, especiarias e emulsão de foie gras. Délicieux!
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Na hora da sobremesa, se tivéssemos filmado, daria para ouvir o coro no maior sotaque francês "crème brûllée". Veio à tona em quatro vozes. Chegou iluminado. Que la force soit avec toi.
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Para harmonizar com o crème brûllée, o nosso enófilo pediu um Château des Tours (Sainte-Croix-du-Mont).
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Para nossa surpresa, nosso garçom pediu licença e derramou no crème brûlée um licor de tangerina, Mandarine Napoléon Liqueur, que deu um toque muito especial a sobremesa tão idolatrada por nós.
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Finalizamos a nossa noite superespecial com o chef Gerárd na nossa mesa. Ficamos mais e mais. Uns no vinho, outros no cafezinho. Compreendemos bem o significado do nome Le Bateau Ivre.
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Sem as bebidas, pagamos em torno de 210 reais por casal - pagos sem fazer o famoso biquinho francês. Foi um prazer!
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Le Bateau Ivre
Rua Tito Lívio Zambecari, 805 - Mont' Serrat
Porto Alegre/RS
Fone: (51) 3330-7351
Aceita cartões American Express, Mastercard e Visa
* Conteúdo produzido por Rafaela Enes