Não é de hoje que se misturam vinhos com ervas. Antigamente, essa técnica era utilizada como medicamento por padres. A mistura amenizava o sabor amargo das ervas e plantas usadas para tratar alguma enfermidade.
Os gregos e os romanos já aromatizavam seus vinhos, mas o criador do vermute moderno foi o italiano Antonio Benedetto Carpano, que iniciou sua produção em 1786, em Turim. Outro vermute famoso é o da casa Martini, elaborado desde 1863, em Piemonte, na Itália.
O vermute, segundo o Ministério da Agricultura, é uma bebida composta de vinho e com infusão de ervas amargas e aromáticas. Essa maceração deve conter losna (Artemísia absinthiun, L.) predominantemente entre os seus constituintes aromáticos. Depois, se adoça com açúcar de cana ou caramelo para finalizar o produto.
Esse composto pode ser tinto, rosado ou branco, dependendo do vinho com o qual é feita a infusão. Outra classificação é referente ao teor de açúcar que o vermute contém, sendo seco (dry), meio doce e doce.
– Além da clássica maneira de beber vermute tinto com gelo e uma rodela de laranja, também pode-se adicionar um pouco de água com gás ou tônica e azeitonas – afirma Bruna Abeijon, mixologista e sócia do bar Vasco 1020.
Existem muitos drinks clássicos com vermute: manhattan, dry martini, negroni, rob roy, americano, etc. O importante, no início, é escolher o vermute certo para cada receita ou o vermute que mais agradar para beber puro.
Bruna também comenta que é uma bebida muito aplicada na mixologia, o Vasco 1020, por exemplo, está testando receitas próprias. A ideia é desenvolver cada uma com um diferencial.
Para se ter em casa, ou também para aqueles que querem começar a tomar vermute, seja ele puro ou com drinks, Bruna dá a dica:
– Vermutes secos são mais difíceis de beber puros. Recomendaria iniciar com um tinto clássico e depois provar outras opções. Ou provar alguns drinks com vermute em bares de coquetelaria e reproduzir em casa os preferidos.