Theodoro Cochrane, filho da jornalista e apresentadora Marília Gabriela, falou abertamente sobre sua vida pessoal em entrevista nesta quarta-feira (28) para Tati Bernardi, no podcast Desculpa Alguma Coisa. O ator discorreu sobre o vício em álcool, drogas e o diagnóstico de um transtorno raro.
— Descobri que eu teria o que é chamado de vício cruzado — revelou. — Faz o padê (gíria usada para cocaína) e a cachaça, a cachaça e o padê, eventualmente. Era recreativo, uma vez a cada dois meses. A cachaça era uma vez por semana, tipo um gim-tônica.
O caçula da apresentadora detalhou a rotina com as substâncias. Segundo Theodoro, a semana consistia em altos e baixos. Ao mesmo tempo em que lidava com a euforia no final de semana, no restante dos dias "ficava muito deprimido".
Ao notar que o vício estava afetando não somente o seu humor, mas também suas relações, o artista decidiu mudar os hábitos de forma repentina.
— Teve uma hora em que caiu essa ficha em mim e falei: "Vou parar" — relembrou. — Meu terapeuta chegou e falou: "Você parou, mas ninguém para assim".
Diagnóstico raro
Theodoro foi diagnosticado com ciclotimia três meses depois de parar com o álcool e as drogas. O transtorno raro é caracterizado por alterações de humor, no qual a pessoa experimenta momentos de depressão ou euforia subitamente.
— Eu parei e começou a abstinência — admitiu. — Juntou com o luto, com o desemprego, com a minha mãe, com a distância do meu namorado.
Na época do diagnóstico, ele e Marília Gabriela passavam uma temporada em Portugal, após a morte do seu pai, Zeca Cochrane. Definindo o laudo como "salvador", Theodoro conta que, desde então, está realizando o tratamento correto com o acompanhamento de um terapeuta especializado.
Em cartaz
Até 27 de outubro, em São Paulo, Theodoro está em cartaz ao lado da mãe com a peça A Última Entrevista de Marília Gabriela. No espetáculo, a dupla reflete sobre a dinâmica do seu relacionamento.
— A peça tem essa estrutura de relação mãe e filho autoficcional — explicou o ator. — A gente fala muito sobre esse poder, esse mito que é a Marília Gabriela (...) e de como a nossa relação se estabeleceu.