Gaúcha nascida em Santo Ângelo e com carreira consolidada em Porto Alegre, a artista Valéria Barcellos foi a oitava desmascarada na 4ª temporada do The Masked Singer Brasil, que foi ao ar neste domingo (10). A atriz, que brilhou como Luana na sua primeira novela, “Terra e Paixão”, soltou a voz na competição sob a fantasia de “Mamãe Abacate”, uma personagem grávida. Ela surpreendeu os jurados cantando “Caxangá”, uma composição de Milton Nascimento.
— Eu não tenho nem o que dizer, não consigo expressar em palavras, foi uma experiência muito linda mesmo. Foi um trabalho pesado, literalmente, porque a roupa pesava muito (risos), mas foi algo que eu não vou esquecer nunca na minha vida. E é uma coisa muito doida o prazer de estar dividindo o palco com pessoas incríveis, mesmo não sabendo quem eram essas pessoas, o que foi curioso e legal! E, querendo ou não, fiz história. Sou a primeira trans a cantar no The Masked Singer Brasil — disse a artista à reportagem de GZH.
No júri, houve vários palpites incorretos: José Loreto achou que era Carolina Diekmann que estava por trás da fantasia. Já Paulo Vieira e Sabrina Sato acharam que fosse Baby do Brasil, enquanto Gloria Groove achou que a voz pertencesse à Xênia França. O palpite certeiro veio de Taís Araujo, que havia recebido uma mensagem de Tatá Werneck revelando sua desconfiança sobre ser Valéria debaixo da fantasia:
— A Tatá é uma amiga querida, passou um ano inteiro comigo. Se ela não soubesse que era eu, eu ia ficar até brava — brincou Valéria, que foi colega de cena de Tatá em Terra e Paixão.
Ao ser descoberta, a artista falou sobre a naturalização da presença de uma mulher trans neste espaço, um programa de domingo à tarde, e de um desejo:
— A identificação foi imediata com a personagem, porque eu sempre quis ser mãe também.