Fábio Porchat, humorista e roteirista, falou em uma entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, publicada nesta segunda-feira (25), sobre como percebe o humor na atualidade. O artista também disse que percebe uma crise no setor.
— Existe uma crise de humor no mundo. É evidente que houve avanços sociais, mas as pessoas estão com receio de tocar em determinados assuntos, quando é possível falar sobre todos os assuntos, dependendo do olhar — declarou.
Porchat iniciou a carreira nos anos 2000, no Rio de Janeiro. Em 2012, fundou, junto com Antonio Tabet, Gregorio Duvivier, João Vicente de Castro e Ian SBF, a produtora de vídeos de comédia veiculados na internet Porta dos Fundos. Além de atuar, trabalha como apresentador, comediante e roteirista.
Atualmente, Porchat está no ar no GNT apresentando o programa Que história é essa, Porchat? E nesta terça (26), estreia sua peça Agora É Que São Elas, no 32º Festival de Curitiba. A produção é protagonizada por Júlia Rabello, Maria Clara Gueiros e Priscila Castello Branco.
Sobre a comédia brasileira, Porchat teceu críticas. Ele define a maneira de fazer humor na atualidade como "escatológica", termo que se refere a obscenidades e excrementos.
— Os comediantes estão acuados, hoje só há espaço para o humor escatológico, e não tenho nada contra esse tipo de trabalho, e a lacromédia, de uma esquerda progressista e tuiteira, que não tem graça nenhuma — afirmou