Como se diz hoje em dia, "ela é o momento". Duda Santos marca seu nome na teledramaturgia ao interpretar Maria Santa, a personagem mais emblemática de Renascer. Desde que surgiu em cena na pele de Santinha, a atriz de 22 anos encantou os telespectadores, que lamentam desde já a morte da jovem – isso não é spoiler, já que se trata do fio condutor da história. Duda mostra seu talento no horário nobre pela segunda vez, mas Maria Santa em nada lembra a rebelde Isa, de Travessia (2022). Em bate-papo, Duda Santos conta como foi a emoção de ter conseguido o papel na novela das nove, exalta a parceria com Humberto Carrão e adianta: Santinha continuará aparecendo durante toda a trama.
Como surgiu o convite para interpretar Maria Santa? Você fez teste para o papel?
Foram vários testes na verdade. Eu fiz primeiro teste em vídeo, depois o teste presencial, depois os testes com pares românticos e por aí vai. Foi um processo de várias etapas mas em um curto período de tempo. Eu lembro que não contei para absolutamente ninguém sobre, pois tinha medo de decepcionar alguém. A única pessoa que sabia era o Leandro, meu empresário. No dia do resultado eu estava em casa, aflita, com a minha irmã, que não sabia de nada e estava mega confusa do porquê eu estar agindo daquela forma. Quando me mandaram mensagem falando que eu consegui foi uma sensação de outro mundo. Chorei horrores, abracei forte minha irmã, minha mãe foi lá para casa também e foi uma emoção muito grande. Um momento de renascimento mesmo, pode-se dizer assim.
Você não era nascida quando a primeira versão foi ao ar, mas na sua família devem ter assistido à trama de 1993. Como eles reagiram à notícia de que você estaria no elenco?
Foi um feedback muito bonito. Por coincidência, Renascer foi a primeira novela que a minha mãe viu na vida dela. Ela embarcou nessa comigo, estava ansiosa tanto quanto eu. Todos viram como uma grande oportunidade, pois de fato é.
Está preparada para as comparações que possam surgir entre sua interpretação e a de Patrícia França? Chegou a ver as cenas dela para se inspirar?
Assisti, sim, às cenas de Patrícia. Achei que seria importante até para eu captar a essência da Maria Santa. Me prendi de cara na primeira versão, é uma obra muito boa, extremamente envolvente. Estou preparada para as comparações ao mesmo tempo que não me importo com elas. O tom deste remake é exatamente uma nova roupagem aos personagens então tem esse intuito mesmo de ser diferente. Não procuro me afetar com os ruídos externos.
Sua participação é intensa e com fortes emoções. Como se preparou para as sequências mais intensas? E a troca com Humberto Carrão, como se prepararam para passar a química necessária entre os personagens?
Foi um processo de descoberta interna. Procurei me desconstruir de muitas coisas que garraram em mim por acontecimentos da vida. Maria Santa é uma personagem que me atravessou muito. Visitei lugares em mim que nunca tinha visitado antes. Sobretudo, aprendi que tenho que ter coragem pra me entregar pros meus sentimentos. Como atriz, isso é um dos presentes mais lindos da vida. Tive parceiros que me deram a mão e fizeram isso ser possível. Um olhando pro outro e se escutando. Todos muito presentes e fazendo com amor. E, com certeza, a parceria com o Humberto Carrão, um colega de cena fenomenal, foi imprescindível para esse processo.
Podemos esperar que você continue aparecendo ao longo da novela, em flashbacks ou como um "fantasma"?
A Santinha após sua morte vira uma espécie de santa mesmo, então ela fica presente ao longo da novela.