Conhecida por ter atuado nas novelas Laços de Família, O Clone e América, a atriz Franciely Freduzeski está longe da TV desde 2018 e, hoje, faz faculdade de Psicologia. O motivo do afastamento, conforme ela revelou em entrevista à revista Quem, é o diagnóstico de fibromialgia, doença que tem como sintomas dores crônicas e sensibilidade nos músculos, articulações, tendões e outras partes do corpo.
— Pensei em suicídio muitas vezes. Não aceitava como eu estava. Sempre fui extremamente saudável, ativa. Do nada, me vi doente. Corria na areia, era rata de academia, depois não conseguia passear com meus cachorros. Me sentia muito culpada, inútil, um peso na vida das pessoas — afirmou.
Por conta disso, Franciely desenvolveu depressão:
— Quem tem fibromialgia, tem depressão. Não tem como estar feliz sentindo dor 24 horas. Sua vida vai mudando. Você se vê limitada. Você não faz nada do que você fazia antes: não trabalha, não namora, não se diverte. Às vezes, fico tão mal que fico sem andar por três dias. Não consigo dançar a noite inteira, ir até o chão. Não posso nem usar mais salto. Quando você fica reclusa, a cabeça vai pirando.
A atriz contou que tem acompanhamento psicológico e psiquiátrico. Para controlar a fibromialgia, ela faz pilates, exercícios e caminhadas diárias, além de tomar uma série de medicamentos.
— Existem remédios que controlam a dor, mas não resolvem. Os remédios incluem antidepressivos, opioides, morfina. Preciso usar medicamentos com morfina senão não ando — lamenta. — Minha esperança é que eu controle melhor. Não sei se vou ver a cura da fibromialgia. Mas não vou deixar de viver a vida.
Volta à TV
Afastada das novelas desde 2018, quando fez Elisa em Orgulho e Paixão, Franciely diz que pretende voltar a atuar, mas tem receio.
— Me sinto péssima em não trabalhar. Frustrada. Comecei com 14 anos de idade, a atuação sempre fez parte da minha vida — diz ela, que começou a carreira como atriz em A Turma do Didi, em 1999. — Você cria um medo das coisas, fica assustada de ir para qualquer lugar. Se eu assino um contrato para uma novela, será que vou conseguir acordar, dormir, gravar as cenas? Me sinto muito mal de não estar produzindo.
Procure ajuda
Caso você esteja enfrentando alguma situação de sofrimento intenso ou pensando em cometer suicídio, pode buscar ajuda para superar este momento de dor. Lembre-se de que o desamparo e a desesperança são condições que podem ser modificadas e que outras pessoas já enfrentaram circunstâncias semelhantes.
Se não estiver confortável em falar sobre o que sente com alguém de seu círculo próximo, o Centro de Valorização da Vida (CVV) presta serviço voluntário e gratuito de apoio emocional e prevenção do suicídio para todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo e anonimato. O CVV (cvv.org.br) conta com mais de 4 mil voluntários e atende mais de 3 milhões de pessoas anualmente. O serviço funciona 24 horas por dia (inclusive aos feriados), pelo telefone 188, e também atende por e-mail, chat e pessoalmente. São mais de 120 postos de atendimento em todo o Brasil (confira os endereços neste link).
Você também pode buscar atendimento na Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua casa, pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), no telefone 192, ou em um dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) do Estado. A lista com os endereços dos CAPS do Rio Grande do Sul está neste link.