Fátima Bernardes, que está deixando o programa Encontro para apresentar a nova temporada de The Voice Brasil, contou em entrevista ao jornal O Globo sobre a mudança de rumo. Segundo a apresentadora, foram muitos os motivos que a levaram a explorar novos desafios dentro da emissora:
— Não é que eu estivesse insatisfeita. Uma pessoa que tem um programa que leva o seu próprio nome funcionando… Isso tem um valor enorme! Mas a minha vida toda foi de trabalho diário, completei 35 anos de TV Globo em fevereiro — recordou.
Antes de apresentar O Encontro, Fátima foi âncora por anos do Jornal Nacional, ao lado do seu então marido William Bonner.
— Em 2020, com a pandemia, comecei a pensar em ter um pouco mais de flexibilidade. O Encontro só ficou fora do ar durante um mês. Eu tenho uma casa numa região de praia, mas não dava pra eu fazer home office, como muita gente fez. O fato de ter tido câncer me fez ver que a gente tem que dar uma virada na vida — completou Fátima, que foi diagnosticada com câncer de colo de útero em 2020.
Ela ainda elencou os desafios de conciliar tempo com a família e o namorado, o deputado federal Túlio Gadêlha, com a agenda complexa das gravações de um programa diário:
— Percebi que eu preciso ter uma lista mais equilibrada do que eu devo e do que eu quero fazer. Qualquer viagem que eu faça tem que ser no meio da tarde de sexta-feira, após o programa ao vivo, e eu tenho que estar de volta no domingo, já preparando o de segunda-feira. Minha vida tem muito pouco tempo livre.
A apresentadora será substituída por Patrícia Poeta e Manoel Soares nas manhãs da Globo a partir de julho. Depois disso, ela deve ficar um curto período fora do ar, até retornar como apresentadora do The Voice. Segundo ela, o novo cargo foi sugerido pela própria emissora:
— Muito sinceramente, foi apresentada essa sugestão a mim. Eu não desejei o The Voice. Eu só queria uma nova transição para o entretenimento. Quando veio a ideia, eu achei muito bacana, porque sempre briguei muito para que o meu programa tivesse música diariamente. Não é fácil contar com cantores e banda de manhã cedo, eles estão acostumados a trabalhar à noite e de madrugada. Mas, hoje, adoram o espaço e reconhecem sua importância.