Falar de amor nunca sai de moda. Por isso, a TV, a literatura e o cinema exibem romances em suas mais diversas manifestações. Afinal, quem não gosta de sair da frente da tela suspirando?
Para Andréia Horta, o momento atual é de ruptura, mas também de retomada. Recém-separada do ator Marco Gonçalves, ela deixa o romance para a ficção, pelo menos por enquanto. No longa O Jardim Secreto de Mariana, em cartaz no cinema desde o dia 30 de setembro, a atriz interpreta a personagem do título, uma mulher às voltas com o fim de um relacionamento. Na história, João (Gustavo Vaz) embarca em uma jornada literal e metafórica, a bordo de sua bicicleta, no intuito de provar à amada que a paixão dos dois merece uma nova chance.
Na TV, Andréia Horta não sai de cena tão cedo. No ar com a reprise de Império (2017), na qual viveu a mimada Maria Clara, a atriz segue no horário nobre a partir do mês que vem, na trama inédita Um Lugar ao Sol, prevista para estrear dia 8 de novembro. Conciliar tantas coisas ao mesmo tempo já é rotina na vida da atriz, mas ela garante que não é fácil.
— Sinceramente, é uma loucura. Mas essa tem sido a minha vida nos últimos 15 anos, acaba um personagem e vem outro. Eu tenho espaço para ser eu mesma no intervalo entre as gravações. Talvez em algum momento da minha vida eu precise de mais tempo para ser "eu", mas no momento eu tenho trabalhado muito mesmo.
Drama na telona
Filmado em 2019 e finalizado já durante a pandemia, O Jardim Secreto de Mariana tem o olhar de um mundo de "antes" e "depois" do caos que se instalou. Mas Andréia garante que foi um período positivo.
— O processo de criação dos personagens foi maravilhoso. Mexemos em tudo, em diálogos, em cenas, depois devolvemos para a Maria (Rezende, corroteirista) e ela costurou tudo. Foi um processo coletivo e de muita liberdade, com muito bom humor e leveza. As percepções de diferentes gerações sobre o amor foram muito positivas para nós. Todos os dias de trabalho foram muito prazerosos.
Retomada
Com a volta gradual de eventos e lançamentos cinematográficos, a sensação é de alívio para quem trabalha com arte. Andréia ressalta a importância de se fazer cinema em um país que pouco tem investido no setor.
— O que a gente precisa fazer é continuar produzindo cinema, lutando para que haja condições. Sobretudo, enquanto público, temos a responsabilidade de assistir ao cinema nacional. Precisamos de plateia, e se a gente gosta, a gente tem que ir ao cinema. Olhar para o próprio cinema como quem olha para o próprio país, para a própria cultura e núcleos familiares. É uma responsabilidade de todos nós.