A programação de TV mudou muito durante a pandemia, principalmente por conta dos ajustes necessários para evitar contaminações. Uma das mudanças, pelo menos até o final do ano, é que as tramas estreiam totalmente gravadas. É o caso de Um Lugar ao Sol, novela das 21h que deve começar em novembro e traz Cauã Reymond e Alinne Moraes no elenco. Outra diferença é que a história de Lícia Manzo foi encurtada e terá apenas 107 capítulos, o que significa apenas quatro meses no ar.
A notícia dividiu opiniões entre os noveleiros. Há quem tenha lamentado a "tesourada" na trama, mas também pode ser um novo formato a ser considerado. O telespectador "raiz" se lembra de acompanhar histórias que duravam, em média, oito ou nove meses. Por melhor que fosse a novela, era inevitável a famosa "barriga", aquele período, na metade da trama, quando pouca coisa relevante acontece. A popular enrolação.
Formato dinâmico
O mundo mudou, a internet acelerou as rotinas e hábitos, estamos nos acostumando a assistir a episódios de séries com 30, 40 minutos e 10 capítulos por temporada, com a possibilidade de maratonar ou de pausar quando quisermos. Então, quem sabe é o momento de mudar um pouco o formato das novelas? Tramas mais curtas tendem a ser mais ágeis, ter mais ação e emoção.
Cortar pela metade a duração tradicional pode ser sinal dos novos tempos, afinal, a TV deve estar sempre conectada às necessidades do público. Um Lugar ao Sol será um teste interessante, tanto para os profissionais envolvidos quanto para os telespectadores. Ansiosa desde já!