Os criadores da série de animação South Park, Trey Parker e Matt Stone, assinaram um enorme acordo nesta quinta-feira (5) para produzir 14 filmes de sua famosa sátira para a plataforma Paramount+, enquanto Hollywood vive um frenesi em busca de conteúdo on-line.
Embora os MTV Entertainment Studios, que, assim como a Paramount+, pertencem à ViacomCBS, não tenham divulgado números, a Bloomberg News informou que o acordo foi de US$ 900 milhões, um dos maiores da história da televisão.
A plataforma de streaming da Paramount+ foi lançada em março como uma aposta para competir em um mercado faminto por conteúdo e liderado por Netflix, Disney+ e Amazon Prime.
Em um comunicado, Chris McCarthy, da MTV Entertainment, disse que desenvolver novos conteúdos com "pessoas com grande talento como Matt e Trey é o núcleo da estratégia de crescimento da Paramount+".
O acordo também inclui novas séries de South Park para a emissora de TV Comedy Central, onde a será possível assistir à sátira chegar ao seu trigésimo aniversário em 2027.
South Park é ambientada em uma pequena cidade dos Estados Unidos e é conhecida pela linguagem chula e por satirizar temas sociais. Começou a ser exibida em 1997 e já originou um filme, vários videogames e outros produtos.
"O Comedy Central tem sido a nossa casa por 25 anos e estamos realmente felizes de que se comprometam conosco pelos próximos 75 anos", disseram Parker e Stone em um comunicado conjunto. "Não vemos a hora de voltar a fazer episódios tradicionais de South Park, mas agora também podemos experimentar com novos formatos", acrescentaram.
Embora a ViacomCBS ainda não tenha comentado a cifra de US$ 900 milhões, esse valor se equipara ao do acordo com o qual a atriz Reese Witherspoon vendeu esta semana sua produtora Hello Sunshine a uma nova companhia de capital privado.
Também ocorre depois que, em maio, a Amazon concordou em comprar os MGM Studios por US$ 8,45 bilhões.
Grandes companhias de mídia e tecnologia como HBO Max, Peacock e Apple TV+ lançaram recentemente plataformas de transmissão para entrar na chamada "guerra do streaming", ao mesmo tempo em que buscam amplas bibliotecas de conteúdo para atrair e reter assinantes. A Netflix, líder do mercado atualmente, tem 200 milhões de assinantes.