Durante a pandemia, foi normal ver as pessoas se tornando chefs de cozinha e compartilhando suas criações nas redes sociais. O Mestre do Sabor, reality gastronômico da Globo, percebeu essa movimentação e não perdeu tempo para preparar uma nova temporada, para valorizar ainda mais a culinária nacional. Assim, a dica para os espectadores na noite desta quinta-feira (6) é preparar um jantar caprichado e se deliciar a distancia com os pratos dos primeiros candidatos da terceira fase da disputa, que estreia logo após Império, na RBS TV.
Mais uma vez, o programa é apresentado pelos chefs Claude Troisgros e seu fiel escudeiro Batista, com Monique Alfradique no comando dos bastidores. O trio acredita que o grande encanto da atração é mostrar a cozinha de uma forma muito prática. Batista frisa que a identidade nacional segue como um dos pilares das receitas desenvolvidas nas provas:
— O programa permite mostrar para o público que é possível fazer grandes receitas com ingredientes do dia a dia do brasileiro. Essa temporada terá participantes de muitas regiões querendo mostrar o que cada uma delas tem de melhor.
Assim como a disputa do ano anterior, que premiou o chef paulista Dário Costa, o Mestre do Sabor terá seis etapas e uma repescagem. Na primeira delas, a fase Prato de Entrada, os candidatos apresentam suas criações e são avaliados às cegas por Kátia Barbosa, Leo Paixão e Rafa Costa e Silva - jurados e líderes dos três times. Destes, 18 chefs avançam para a segunda fase e somente quatro deles chegam à grande final, prevista para julho, ao vivo. O campeão ganha o título de Mestre do Sabor e fatura R$ 250 mil.
A única alteração desta vez é na quantidade de vagas: um chef a mais passa de fase em uma etapa intermediária, a de Duelos, e quatro cozinheiros integrarão a grande decisão. Troigros avalia que os cozinheiros chegaram bem mais ligados às gravações do reality.
— Quando falamos de terceira temporada, significa que os competidores que estão entrando no Mestre do Sabor já viram as duas edições anteriores e se preparam, de alguma maneira, considerando o perfil do programa. Eles entraram com muita força, sabedoria e treinamento — acredita o chef, que apresenta a atração desde a primeira fase.
Ao mesmo tempo que fazem suas receitas, os participantes do reality precisam lutar contra o tempo para cumprir os pedidos. Por isso, o trio de jurados - que também lidera as equipes da disputa - acredita que o grande campeão deve buscar um equilíbrio entre emoção e competição. O chef mineiro Leo Paixão sempre pede que seus pupilos compreendam bem o jogo antes de se lançarem com tudo nas bancadas.
— São muito diferentes o ambiente da competição e a realidade de uma cozinha. Em Mestre do Sabor, a gente sempre trabalha com muitos processos culinários mais sofisticados que precisam de muito tempo. Fico muito entusiasmado com o tanto de coisa legal que tem no programa. Tem muito sentimento, muita emoção, muita história envolvida com a gastronomia brasileira, com a história de vida de cada um — opina o jurado.
Família
Para Kátia Barbosa, que também esteve em outras temporadas do programa, a pressão é amenizada graças ao seu instinto maternal. Ela confessa que conversa com os seus candidatos como se estivesse em um diálogo com as próprias filhas.
— Quero o bem deles. O que eu sempre digo é que meu papel nesse trabalho está muito definido: não é ganhar, exatamente, mas levá-los até a final. Eu dou uns puxõezinhos de orelha, como quando um filho deixa o armário desorganizado (risos). No final, fica bem claro isso, porque, ao mesmo tempo que damos bronca, damos abraço, carinho e apoio para ele seguir em frente com coragem — analisa Kátia.
O terceiro jurado, Rafa Costa e Silva, acredita que, como em toda família, formar um "time perfeito é impossível". Mesmo que a busca seja sempre o prato mais impecável, ele prioriza o trabalho com as emoções de seus candidatos.
— Participar de um programa nacional, em que você dá visibilidade para seu trabalho, realmente é um desafio que mexe com as pessoas. Então, ajudar os participantes a lidar com a emoção e focar no profissional para extrair seu melhor e aperfeiçoar suas técnicas, em tão pouco tempo, com certeza é nosso maior desafio. Eu sempre foco no sabor, nunca na estratégia — finaliza.
