Entre polêmicas e doses de realismo, o seriado The Crown é um dos produtos mais conhecidos por contar a história da família real britânica. Nesta sexta-feira (9), com a morte do príncipe Philip, a produção da Netflix ficou entre os assuntos mais comentados do Twitter, recuperando cenas do Duque de Edimburgo na série.
Ao longo das quatro temporadas, Philip apareceu em três delas com maior expressividade. Nos dois primeiros anos, o marido de Elizabeth II foi interpretado por Matt Smith, enquanto Tobias Menzies assumiu o papel na terceira fase. Para a temporada final, prevista para estrear em 2022, Jonathan Pryce já foi confirmado para viver o príncipe.
Abaixo, GZH recupera a trajetória do personagem ao longo de The Crown.
Primeira temporada
A história da fase inicial parte da morte do pai de Elizabeth II (Claire Foy), rei George VI (Jared Harris), e da forma como ela lida com o fato de assumir a coroa britânica aos 25 anos. Phillip (Matt Smith), por sua vez, renuncia aos seus títulos na Dinamarca e na Grécia para se casar com Elizabeth, em relacionamento que tem forte rejeição da família real.
A relação do casal é bem destacada na primeira temporada, já que Philip não queria ser visto como submisso. Ele, inclusive, batalhou para manter seu sobrenome de nascença, Mountbatten, ser adotado pela sua amada com intenção de passar para os filhos. Isso não ocorreu, após muita insistência da família e da própria Elizabeth.
Outro ponto destacado é que o príncipe seguia com sua vida agitada mesmo com o casamento e continuou indo a festas regadas a bebidas e mulheres.
Segunda temporada
A segunda fase começa na década de 1960 e destaca a crise no casamento de Philip (ainda interpretado por Matt Smith) e Elizabeth II. Neste momento, o seriado sugere até um caso extraconjugal dele, ao mostrar também as viagens do Duque de Edimburgo jogando críquete com povos nativos e rodando o mundo em aventuras e esportes.
A infância de Philip também é retratada na temporada, como o fato de precisar lidar com sua família aliada aos nazistas e a criação no colégio interno. Assim, sua história é comparada com a do filho Charles. O roteiro de The Crown também acaba sugerindo que Philip teria certa culpa pelo acidente de avião que causou a morte da irmã dele, Cecile.
Terceira temporada
O final dos anos 1960 e boa parte da década de 1970 estão na terceira fase do seriado. Para dar um salto no tempo, Philip passou a ser interpretado por Tobias Menzies e a rainha Elizabeth II ganhou a atuação de Olivia Colman. "É um papel tão estranho, altamente cerimonial, mas sem muito poder concreto", disse o ator em entrevista ao Financial Times.
Com os escândalos em alta, o príncipe é chantageado nesta temporada e passa a viver uma crise de meia-idade: ele, por exemplo, deixa de ir à igreja e passa a questionar as pessoas à sua volta sobre a fé. O Duque de Edimburgo fica encantado, em um dos episódios, com a ida do homem à Lua em 1969 e aproveita para questionar os astronautas sobre o sentido da vida. Ele também usa o momento para conquistar seu espaço na coroa e pede ajuda para padres.
Quarta temporada
Na quarta fase, Philip acaba ficando em um segundo plano, já que o destaque acaba sendo o casamento de Diana (Emma Corrin) e Charles (Josh 'O Connor). Em uma das poucas cenas em que aparece, o Duque de Edimburgo interage com Lady Di na casa de campo da família real, mostrando apoio ao relacionamento dela com o filho.
Em outro momento, Philip ganhou destaque ao repreender a princesa Diana por ter deixado de falar com o marido. Mais no final da temporada, Philip conversa com Lady Di sobre o fato de ambos serem "forasteiros" na linha sucessória - mostrando um pouco de humanidade do personagem.