A cantora Anitta terá, nesta quarta-feira (16), sua série documental lançada na Netflix. Intitulada Anitta: Made in Honório, a obra não se trata de uma continuação de Vai Anitta, mas sim um outro projeto, com viés mais pessoal, e que pretende mostrar a personalidade de Larissa de Macedo Machado, nome verdadeiro da artista.
— Dessa vez a gente está contando mais sobre eu como pessoa, todos os aspectos da Anitta personagem, da Larissa por trás da personagem, então cada episódio a gente vem com uma característica. Tem uma veia diferente da primeira série — diz Anitta. — Vai mostrar bastante meu lado vulnerável, minha família conta bastante como são meus bastidores, com pessoas que saem por cima, decepções amorosas ou de amizades. A gente toca muito nesse assunto de vida pessoal — acrescenta.
A produção, revelou Anitta, mostra logo no primeiro episódio de onde veio a personagem. Ela conta que esta foi uma questão levantada diversas vezes, mas que preferiu utilizar um veículo próprio quando se trata de contar uma história pessoal.
— É uma história triste, mas é uma história que vai fazer sentido para todo o mundo. Foi uma coisa que a gente demorou muito para decidir, eu com minha família, eu com minha assessoria, se a gente levava isso a público ou não. Fizemos a 20 mil mãos com muito cuidado, e acho que o pessoal vai entender bastante o início do meu trabalho — declara.
Questionada se a série faria com que ela fosse novamente "cancelada" — termo utilizado quando um indivíduo ou empresa é boicotado após agir de maneira censurável, em temas que normalmente envolvem racismo, LGBTfobia ou machismo — a artista afirmou que sim. Segundo Anitta, ela fez questão de que o documentário mostrasse quem ela realmente é, com os defeitos e as qualidades.
— Tem partes que eu assisto e falo: meu Deus, sou eu, que horrível. A única coisa que pedi para eles é que mostrassem os motivos dos meus surtos (...). São momentos que vão dividir opiniões — aponta.
Uma das características da artista que fica mais proeminente no documentário é o seu perfeccionismo, comentou Anitta. Além disso, a cantora fala um pouco do processo de criação de sua persona e como ela escolheu quais qualidades da Larissa transportar ou exaltar — entre elas, a extroversão e a alegria:
— A principal coisa é de estar sempre pra cima, ser extravagante, com certeza é uma coisa que eu trouxe para a Anitta. Eu, como Larissa, sou uns dois tons abaixo — revela, rindo.
A cantora também afirmou que, como é uma série muito pessoal, não terá enfoque em participações internacionais, apesar de recentes boatos envolvendo integrantes do RBD. Disse, porém, que o will.i.am, do Black Eyed Peas, aparece — e que a Mariah Carey não foi gravada por muito pouco.
— A Mariah Carey, a câmera não estava comigo no momento. Foi exatamente no momento em que eu falei: vou só ali na loja comprar um presente de aniversário e enquanto eu estou lá vocês entrevistam minha família. E eu pensei: não vai acontecer nada, vou só comprar o presente. Não ia imaginar que ia comprar esse presente e a Mariah ia aparecer no meio da loja! — conta.
Por fim, Anitta aproveitou o espaço para falar um pouco sobre sua carreira musical. Deixou claro que, no documentário, toca um pedaço de um forró que deveria ter sido lançado neste ano, mas acabou não sendo por conta do coronavírus. A artista, que tem sido criticada por lançar músicas apenas em outros idiomas, recentemente, também afirmou que está "seguindo as estratégias dos gringos", explicando que agora tem um empresário. No Brasil, a ideia é, em geral, focar em fazer apenas participações em canções de outras pessoas.