O programa comandado por Ellen DeGeneres, 62 anos, está sendo alvo de investigação interna pela própria empresa que o produz, a Warner Media. A medida foi tomada após ex-funcionários denunciarem membros da atração por conta de racismo e desrespeito.
O site BuzzFeed ouviu relatos de 10 ex-funcionários e um atual, que pediram para permanecerem no anonimato. Praticamente todos alegaram que o ambiente de trabalho é tóxico. Eles também disseram que passaram por situações de racismo, medo e intimidação enquanto trabalhavam para o programa.
Com a repercussão negativa dos internautas, a conta oficial do Twitter do Ellen DeGeneres Show foi desativada para comentários, o que está causando ainda mais críticas ao programa. "A casa caiu", escreveu um usuário na rede social.
Apesar de DeGeneres não ter seu nome envolvido em nenhuma das acusações, pois os ex-membros da equipe culpam os produtores-executivos e gerentes, ela foi criticada por não saber o que realmente acontece nos bastidores e ainda pregar o seu famoso discurso "be kind" (em português: "seja gentil").
"Se (Ellen) quer ter seu próprio programa e ter seu nome no título do programa, ela precisa estar mais envolvida sobre o que realmente está acontecendo. Essa besteira de 'seja gentil' só acontece quando as câmeras estão ligadas", contou um ex-funcionário ao BuzzFeed.
De acordo com a revista Variety, a Warner enviou um comunicado interno nesta segunda (27) para a equipe do programa informando que haverá uma investigação sobre as denúncias, incluindo a sobre racismo feita por uma ex-funcionária negra que trabalhou no The Ellen DeGeneres Show por um ano e meio e relatou ter passado por situações constrangedoras e preconceituosas.
Em abril deste ano, uma polêmica envolvendo a redução de salários dos funcionários devido à pandemia veio à tona. Na época, a Variety informou que funcionários reclamavam da atitude dos produtores do show, que demoraram a comunicar informações básicas sobre o trabalho à distância.