Lançado na mostra competitiva nacional do Festival de Gramado, em agosto, e em cartaz nos cinemas até semanas atrás, Hebe – A Estrela do Brasil chegou à plataforma Globoplay em formato de minissérie com 10 episódios. Na próxima segunda-feira (16), os dois primeiros capítulos serão exibidos no Tela Quente, depois da novela Amor de Mãe, na RBS TV.
Com direção, de Mauricio Farias e roteiro de Carolina Kotscho, Hebe, o filme, fez um recorte específico da vida de Hebe Camargo ( 1929-2012), uma da mais célebres apresentadoras da TV brasileira, ao longo dos anos 1980, vivida por Andréa Beltrão.
Hebe, a série, amplia o arco narrativo, voltando à juventude da personagem e avançando até os seus últimos dias de vida. Outra atriz ganha protagonismo: Valentina Herszage intepreta Hebe dos 15 aos 25 anos, quando ela ainda vivia no interior de São Paulo.
Veja abaixo 5 motivos para assistir à minissérie:
1) Duas atrizes, um papel
Ao contrário do filme lançado em setembro, a série também fala sobre a adolescência pobre de Hebe, no interior de São Paulo. Por isso, além de Andréa Beltrão como a protagonista de boa parte da vida da apresentadora, a produção conta com Valentina Herszage, que vive a apresentadora dos 15 aos 25 anos.
Valentina ficou conhecida por ser a Bebeth, da novela Pega Pega em 2017, e foi premiada no Festival do Rio em 2015 pelo filme Mate-me Por Favor.
2) História do Brasil
Assistir ao seriado também é uma aula de história. No segundo episódio, por exemplo, o desemprego é um drama norteador da narrativa, pois foi algo que preocupou Hebe em dois momentos de sua vida: em 1985, no período em que ficou afastada da TV, e na década de 1940, quando seu sonho de ser cantora acaba no palco de uma boate.
O casamento da apresentadora com Lélio Ravagnani (Marco Ricca), com quem viveu altos e baixos e o cenário político do Brasil durante e após a ditadura também têm destaque na trama – é lembrada uma entrevista, de 1974, que Hebe fez, contra sua vontade, com um militar. Embora tenha feito laços de amizade com políticos conservadores, ela defendia em seus programas pautas progressistas.
3) Últimos anos de vida
Enquanto o filme se dedica a fazer um recorte da vida da apresentadora na década de 1980, o público poderá sentir um pouco da fase final de sua carreira. Morta em 2012, devido a uma parada cardíaca, o encerramento da temporada consegue fazer com que a trajetória de Hebe seja fundida com a história da TV.
Nesta parte, a minissérie ressalta ainda uma entrevista de Hebe à jornalista Marília Gabriela e uma homenagem que recebeu no programa da Globo Domingão do Faustão.
4) Mesmas cenas, outro contexto
Carolina Kotscho, responsável pelo roteiro de, entre outros trabalhos, a cinebiografia 2 Filhos de Francisco, explica que a série utiliza cenas do filme em um novo contexto. Por isso, acredita, será uma experiência complementar para quem assistiu ao longa-metragem:
– O filme é o grande ponto de virada da vida dela. Costumo dizer que é quando ela “transborda”. Já a série é um mergulho nas memórias dela.
5) Gente como a gente
Sempre muito autêntica, Hebe também ganha uma leitura muito próxima do público na série. Seus problemas com os maridos Lélio (com que foi casada por 29 anos) e Décio (nos anos 1970, em união que durou sete anos) são bem retratados, acentuados por ciúmes.
Além disso, a minissérie mostra o período em que a apresentadora perdeu seu pai, o músico Fêgo Camargo. Ou seja, a produção promete muitas lágrimas.