A primeira semana de Amor de Mãe nem terminou e uma morte já está encomendada. Sinésio (Julio Andrade), que administra o restaurante português com Thelma (Adriana Esteves), deve sofrer um acidente no capítulo desta sexta-feira (29). Em pouco tempo,
o personagem vivido por Andrade colocou a mãe de Danilo (Chay Suede) contra a parede para que ela fale a verdade para o filho sobre o aneurisma que tem, usando isso como argumento para vender o negócio que toca com a irmã.
No entanto, como o destino parece ser o grande vilão da trama de Manuela Dias, Sinésio já está de saída. Mesmo assim, ele é considerado um personagem “folclórico do nosso cotidiano” por Andrade, e por isso foi muito importante para o público:
— Vemos muito o Sinésio por aí, infelizmente. Essas pessoas que não têm muita ambição e estacionam na vida. São acostumados com a inércia — explica o ator. — O Sinésio é um cara doente. É uma bomba relógio, um cara que pode explodir, que pode ser agressivo. Eu construí em cima disso esse personagem. Desses tantos Sinésio que a gente vê por aí.
Além de Sinésio, Andrade ficou conhecido por sua atuação com Evandro, em Sob Pressão. O ator acredita ele e o personagem do seriado da Globo tenham o mesmo senso de justiça e de ética. As personalidades dos dois, inclusive, tem muito a ver com a sua própria visão do mundo:
— Eu sou uma pessoa que não posso com discriminação, com indiferenças. Sou o cara que fala as coisas, que não leva para casa esse tipo de desaforo. Se eu vejo na rua qualquer tipo de ato que fere minha integridade, sempre interfiro. Quando a gente faz um personagem entrega muito da gente. Tem um lado nosso sempre.
Parceria
Não foi o primeiro trabalho de Andrade e Adriana Esteves. Os dois contracenaram juntos na série Justiça, também assinada por Manuela Dias, e o gaúcho conta que não costumam ensaiar e nem passar o texto, muitas vezes, para ir sempre “na emoção”. Na trama anterior, os atores eram um par romântico, e agora são irmãos em pé de guerra.
— Contracenar com a Adriana é uma aula. Eu, como bom observador, fico sempre atento porque ela traz uma naturalidade para a cena, um realismo, nuances, muita coisa. Sempre na sutileza. Então, é um aprendizado — conta Andrade. — Tudo que eu busco como ator é essa tranquilidade, profundidade e dramaticidade que ela traz para cada personagem. Sempre aprendo muito com ela.
Por ser alguém que lida com o dilema de viver seus últimos dias de vida e administrar a intenção de independência do seu filho, Thelma é uma mãe inspiradora. Este sentimento em relação às matriarcas também é claro para o gaúcho:
— O amor de mãe é o mais absoluto, mais puro e mais substancial para a vida. É o que fica na gente, é o amor que não sai da gente. É o amor que quando a gente está bem a gente lembra, quando a gente está mal também lembra. Então, é o amor mais profundo. O amor mais perto do coração é o amor de mãe.