Mestre do Sabor reúne 24 chefs de diferentes regiões do Brasil, entre eles três representantes do Rio Grande do Sul — dois nascidos no Estado e uma “gaúcha de coração” —, que disputam a partir desta quinta-feira (31) a segunda etapa do reality gastronômico, às 22h20min, na RBS TV: Amanda Grezzana e Carol Albuquerque, no time de Kátia Barbosa, e Ricardo Caldas, na equipe de Leo Paixão. A nova fase é dividida em duas partes.
Na primeira delas, Menu Confiança, os três times terão de fazer um cardápio completo e serão avaliados pelo apresentador Claude Troisgros. Apenas uma equipe sairá vencedora. Depois, na Batalha dos Cucas, os chefs dos dois times restantes cozinham individualmente e, após a avaliação de Kátia, Leo e José Avillez, dois participantes deixam o programa. Conheça os mestres-cucas que representam o Estado no programa.
Amanda Grezzana - Time Kátia Barbosa
Nascida em Joaçaba (SC), Amanda foi criada em Erechim e hoje mora em Caxias do Sul. Com 12 anos de experiência na cozinha, a chef de 33 anos já estagiou na França e agora divide sua rotina em duas empreitadas: de manhã, trabalha com pâtisserie e, à tarde, no restaurante que tem com o namorado. Na primeira etapa de Mestre do Sabor, Amanda cozinhou vitelo com emulsão de porcini, mousseline de couve-flor e picles de maxixe. Nas próximas fases, quer investir nos temperos, especialidade de sua família.
Como aprendeu a cozinhar?
Sou muito curiosa em relação a ingredientes desde pequena, e minha família sempre tem o costume de se reunir. Gostava de ajudar o meu vô paterno fazendo macarronada, da preparação da massa até ao tempero. Tínhamos o costume de fazer aquele molho italiano mesmo. Como meus avós tinham horta, colhia hortelã, ervas e outros temperos — é algo de que gosto muito. O churrasco, é claro, também faz parte da tradição das nossas confraternizações.
O que tua chef (Kátia Barbosa) tem a ver contigo?
Já a acompanhava antes de ir ao programa. É uma pessoa muito carinhosa, que quer a união do nosso time. Como se preocupa em fazer os pratos com paixão, sabor, isso é muito importante para a gastronomia. A Kátia vai me colocar mais em contato com a gastronomia brasileira e quero continuar usando os ingredientes daqui do Sul. Quero uma comida festiva, uma cozinha confortante, de raiz e que consiga se misturar com todo o país.
Por que você merece chegar à final e vencer a disputa?
Eu quero mostrar meu trabalho e meu amor pela gastronomia, uma das maiores paixões da minha vida. São muitos homens à frente da cozinha e quero mostrar que a mulher precisa do seu espaço. Quero dar orgulho para a nossa terra, me considero gaúcha de coração, e o Brasil precisa valorizar a gastronomia daqui.
Ricardo Caldas - Time Leo Paixão
O chef nascido e criado em Porto Alegre tem um restaurante em Florianópolis há mais de 15 anos. Em Londres, trabalhou no Rules Restaurant, considerado o restaurante mais antigo da capital inglesa. De volta ao Brasil, investiu em seu próprio negócio. Ricardo apostou em uma mistura ousada: morcela grelhada com purê de cenoura braseada, compota de berinjela marinada e espuma de caipirinha.
Como aprendeu a cozinhar?
Minha mãe cozinhava, mas não aprendi com ela, porque sempre fui muito de observar. No fim da juventude, foi uma necessidade que foi criada. Com minha ida para a Inglaterra, foi algo que tentei fazer bem sempre e fui me aprimorando. No Rules, em Londres, comecei descascando batatas e fui crescendo, não tinha muito arrego (risos). Meu chef pedia para fazer de tudo, e isso me ajudou muito!
O que o teu chef (Leo Paixão) tem a ver contigo?
Como os três me aprovaram, foi uma decisão sem tempo de pensar e me organizar. Minha linha atual de trabalho não é muito brasileira e, por isso, optei pelo Leo, que manja muito dessa área da culinária. Ele entende os produtos daqui, ninguém melhor para trabalhar junto. E lá dentro do programa é vida real mesmo: é pula ou não pula (risos).
Por que você merece chegar à final e vencer a disputa de Mestre do Sabor?
Eu sou simples, e todos merecemos chegar até a final mesmo que seja apenas um escolhido. O programa tem sido um aprendizado. Eu entrei de coração totalmente aberto. Só estar com todos esses jovens chefs é uma honra, é algo surreal.
Carol Albuquerque - Time Kátia Barbosa
A porto-alegrense é subchef de Helena Rizzo, uma das chefs mais renomadas do Brasil. Cursou Gastronomia na Unisinos e, entre estágios na França e na Bélgica, trabalhou no restaurante do apresentador Claude Troisgros no Rio de Janeiro. Carol busca valorizar texturas diferentes em seus pratos. Preparou pargo grelhado com vinagrete de pimenta biquinho tostada, banana-da-terra e pupunha.
Como aprendeu a cozinhar?
A comida sempre foi uma forma de colocar minha criatividade em algum lugar. No colégio, eu gostava de fazer chocolate para os colegas, produzia bolos quando alguém estava de aniversário. A culinária era uma forma de reunir as pessoas. Em minha passagem pelo Rio de Janeiro, senti que precisava largar o curso de teatro para investir na gastronomia. Mais tarde, meus estudos na França ajudaram na qualidade e na técnica. Quis aprender na base do “tudo um pouco” e ter domínio técnico de tudo o que podia.
O que tua chef (Kátia) tem a ver contigo?
Minha escolha foi pela emoção do momento. A Kátia é carismática, com uma energia positiva. Minha linha é mais parecida com a do (José) Avillez, mas percebi que queria estar com a Kátia por ser brasileira, mais acessível. É uma experiência dentro da gastronomia que não tive e senti que estava querendo mudar um pouco. Queria algo mais leve, alto-astral.
Por que você merece chegar à final e vencer a disputa?
Todos queremos vencer, mas em tudo o que faço procuro me entregar de cabeça. Quando a gente dá o melhor de si, as coisas acontecem. Vou sempre fazer o meu melhor, mas sei que mereço como qualquer outro.