O ator José de Abreu, 73 anos, e a roteirista Gloria Perez, 70, discutiram nas redes sociais na noite de sábado (6), após Abreu dizer que Guilherme de Pádua e a autora de novelas da Globo estariam "apoiando o mesmo espectro político". Pádua foi quem assassinou, em 1990, a atriz Daniella Perez, filha da escritora.
"O Brasil está tão doido que vemos Guilherme de Pádua e Gloria Perez apoiando o mesmo espectro político! Que tempos!", escreveu Abreu no Twitter.
Ao ver o tuíte, Perez retrucou: "Você é muito canalha! Não vou revidar lembrando sua tragédia pessoal. É block e mais nada!", escreveu, indicando que bloquearia da rede social o ator com quem já trabalhou em novelas como Amazônia, de Galvez a Chico Mendes (2007) e Caminho das Índias (2009).
Abreu então recuou e se desculpou pela mensagem. "Gloria, eu fiz apenas uma constatação, não tive intenção de magoar você, jamais faria isso. Se você sentiu assim, desculpe."
Perez já havia recebido uma série de críticas na manhã do mesmo dia, após comentar a volta da página "Pavão Misterioso", que seria uma resposta da base aliada do governo Bolsonaro contra o site The Intercept Brasil, que divulgou as mensagens do ministro Sergio Moro.
"Uau! O sábado começou animado, com a volta do pavão", escreveu ela. Eduardo Bolsonaro, filho do então presidente do Brasil, retuitou a mensagem de Perez.
Frente ao desentendimento ocorrido à noite, Eduardo entrou na briga dizendo: "Até onde vai a canalhice do ser humano? Mas confesso que também me embrulha o estômago ver que ainda dão grande espaço a ele, como se nada tivesse acontecido. Por metade do que ele já fez, um 'bolsominion' seria capa de várias revistas tomando muita pancada!".
O presidente Jair Bolsonaro também se pronunciou: "Toda solidariedade à escritora Gloria Perez, que simplesmente por suas convicções foi atacada da forma mais baixa e covarde possível por um medíocre, usando da dor irreparável de uma mãe que perdeu uma filha para atacar opiniões. Que Deus a abençoe!".