Não existem papéis pequenos quando se trata de grandes atores. É o caso de Renata Sorrah, que mesmo ficando poucos dias no ar, fez a diferença na reta final de Segundo Sol. Na pele de Dulce, mãe de Laureta (Adriana Esteves), Renata brilhou a cada cena, em mais uma dobradinha incrível com Adriana. Elas já foram mãe e filha em Pedra Sobre Pedra (1992) e dividiram o papel de Nazaré Tedesco em Senhora do Destino (2004).
Heleninha, de Vale Tudo (1988)
"Bota um mambo aí, pô! Um mambo bem caliente!". Helena Roitman, ou simplesmente, Heleninha, era uma das maiores vítimas da vilã Odete Roitman. A megera não se cansava de humilhar a própria filha, usava a moça como marionete e se aproveitava até do alcoolismo que acometia a coitada. Heleninha era doente, mas não se pode negar que as cenas dela eram divertidíssimas. Destaque para o escândalo na boate, quando ela pediu, ensandecida, para tocar o tal "mambo caliente". Passados 30 anos, Heleninha virou meme com a mais recente reprise de Vale Tudo, no ar desde junho no canal Viva.
Pilar Batista, de Pedra Sobre Pedra (1992)
A rivalidade entre as famílias Pontes e Batista era conhecida por toda a população de Resplendor. A cada encontro de Murilo Pontes (Lima Duarte) e Pilar Batista (Renata Sorrah), o clima pegava fogo, mas não exatamente por causa do ódio. Um grande amor do passado unia os dois, que lutavam com todas as forças para negar o forte sentimento. Renata e Lima, duas forças da natureza em cena, transbordavam raiva, paixão, rancor e todas as emoções que ligavam seus personagens. Que dupla!
Zenilda, de A Indomada (1997)
Comparada a suas personagens mais famosas, Zenilda era praticamente uma "mocinha". À frente da famosa Casa de Campo, lugar bem frequentado pelos poderosos de Greenville, a cafetina era uma verdadeira mãe para suas meninas. Dava conselhos, incentivava romances e dava força para que elas mudassem de vida. Mulher forte, era uma das poucas pessoas com coragem suficiente para enfrentar a temida Maria Altiva (Eva Wilma).
Nazaré Tedesco, de Senhora do Destino (2004)
Falar em Renata Sorrah, automaticamente, nos remete à diva das divas, a loira má mais amada do Brasil, meme internacional, inventora dos melhores apelidos, a primeira e única, Nazaré Tedesco. Como é possível que o público tenha se afeiçoado tanto a uma mulher perigosa, capaz de roubar bebês, empurrar os desafetos escada abaixo e outras atrocidades? Simples. O carisma de um vilão se deve ao talento de seu intérprete. No caso, é impossível imaginar outra atriz na pele da debochada Naza. Na época, Susana Vieira foi cogitada para interpretar a vilã, mas preferiu ser a sofredora Maria do Carmo. Renata assumiu o desafio e sambou, literalmente, na cara da sociedade.