Se o time de técnicos permanece o mesmo, com Michel Teló, Ivete Sangalo, Lulu Santos e Carlinhos Brown, o The Voice Brasil volta hoje com novidades em sua estrutura.
A primeira é a dose dupla: o reality show passa a ser exibido duas vezes na semana, às terças e quintas, na RBS TV, após a novela Segundo Sol.
– O programa vai continuar com a mesma pegada e bastante dinâmico. Com mais tempo, vamos poder contar melhor a história das pessoas. Os técnicos vão poder cantar mais e curtir juntos. Agora, a gente vai ter tempo para se divertir – celebrou o sertanejo Michel Teló na apresentação da sétima temporada à imprensa, na semana passada, no Rio de Janeiro.
Sob comando de Tiago Leifert e Mariana Rios, a atração, que será exibida em 22 episódios, contará com o recurso do botão de bloqueio – já utilizado na versão americana – que promete esquentar a competição. A novidade vai aparecer na primeira etapa do programa, nas audições às cegas: aquele que tiver acionado o botão de bloqueio impedirá que o talento escolha ingressar no time do técnico bloqueado, mas o bloqueado só saberá que está impedido quando virar sua cadeira.
Questionado sobre um possível aumento da rivalidade entre os técnicos, Carlinhos Brown foi veemente:
– Entre nós não existe essa disputa. Isso é o que menos interessa. A gente quer saber como desenvolver vozes.
Já na fase da batalha dos técnicos, a estreia é o “salvamento instantâneo”. Um dos eliminados nessa etapa vai retornar à competição por voto do público. Mas as novidades seguem, com os times sendo reforçados com mais candidatos. A partir de agora, cada equipe terá 18 participantes na primeira fase (na edição anterior, os grupos eram formados por 12 candidatos). Para os técnicos, os critérios para selecionar essas 72 vozes são subjetivos.
– Como seguir uma estratégia aqui? A pessoa está toda organizada, vêm os candidatos e desorganizam tudo. Não existe uma estratégia para emoção. Com sete edições, a classe musical está mais encorajada a se aceitar como artistas e a aceitar as humildes oportunidades até chegar a este palco para ser nacionalizado – resumiu Ivete Sangalo.
Lulu Santos arrematou:
– Música não tem lógica, tem emoção. Eles revelam sentimentos em mim que eu ainda não domino, e isto é que é a música. É no arrepio. Preciso sentir alguma coisa. Se arrepiar, é inevitável virar a cadeira.
O elenco do programa faz questão de frisar que o The Voice muda a vida das pessoas. Embora não seja uma fábrica de carreiras meteóricas e milionárias, traz visibilidade – “publicita alguém, apresenta esse talento”, como observou Carlinhos Brown – e segurança para aqueles que pretendem prosseguir na carreira.
– O sucesso de um artista é muito íntimo. Essa coisa de determiná-lo a partir de números só atrapalha. Na arte, não podemos padronizar nada – relativizou Ivete.
Mas ninguém melhor do que Teló, o técnico tricampeão invicto do programa (venceu todas as edições desde que substituiu Daniel a partir da quarta temporada), para elencar as qualidades primordiais à próxima grande voz brasileira:
– Primeiro, tem a luz, coisa de carisma mesmo. Mas, lógico, tem que ter uma grande voz. Nas três temporadas que participei, ganhou quem realmente merecia. Era quem chegava lá e rasgava, levantava as pessoas e emocionava. A atitude da pessoa também conta muito.
* A repórter viajou a convite da Globo.
Como vai ser
Audições às Cegas
-Na primeira fase do The Voice Brasil, os candidatos são avaliados apenas pela sua voz. Se mais de um técnico virar a cadeira para o mesmo participante, quem escolhe com quem quer trabalhar é o próprio candidato. No total, serão oito audições e 72 escolhidos, 18 para cada time. A fase conta com uma novidade: o botão de bloqueio, pelo qual um técnico pode impedir outro de ser escolhido.
Batalhas
-Com as equipes formadas, os técnicos dividem seus times em duplas que se apresentam em duelos, cantando a mesma música. Ao final de cada apresentação, o mentor decide qual dos dois permanece na competição. Ainda pode ser usado o famoso “Peguei” entre os eliminados de cada programa.
Tira-Teima
-A partir dessa fase, os shows são ao vivo e quatro integrantes de cada time se apresentam por programa. Depois das apresentações, cada técnico salva duas vozes para seguir em frente. O público começa a escolher seu candidato e também pode salvar uma voz.
Batalha dos Técnicos
-Com shows ao vivo, a disputa deixa de ser entre candidatos do mesmo time e passa a ser entre os times adversários. Os técnicos escolhem quem de seu time irá duelar com o time adversário. Esta fase contará com o salvamento instantâneo: em votação no site do programa, o público poderá salvar um dos eliminados.
Remix
-Os técnicos têm nova chance de equilibrar seus times. Cada um escolhe uma voz para seguir direto à próxima fase. Os demais candidatos se apresentam em números solos, e Brown, Lulu, Ivete e Teló voltam a usar o famoso botão vermelho para escolher quem segue no programa. Os participantes que tiverem mais de um botão apertado podem decidir em que time desejam ficar. Os times encerram esta fase com quatro vozes cada.
Shows ao Vivo
-Serão dois programas nessa fase. No primeiro, as quatro vozes de cada time se apresentam em shows ao vivo e apenas três seguem. No programa seguinte, eles voltam a se apresentar para definir os dois talentos de cada time que seguem para a semifinal.
Semifinal
-Dois candidatos de cada técnico se apresentam, mas apenas um segue para a final.
Grande final
-O público decidirá quem será o campeão da sétima edição do The Voice Brasil. O vencedor ganhará um prêmio de R$ 500 mil e um contrato com a gravadora Universal Music.