The Strain teve, em julho de 2014, um dos melhores pilotos que já vi. O cineasta Guillermo del Toro (de O Labirinto do Fauno e Hellboy) dirigiu o episódio com tal competência que me fez ficar na beira do sofá roendo as unhas de tensão. Muito porque Del Toro tinha conhecimento total do material: The Strain é um thriller vampiresco baseado na série literária escrita por ele e Chuck Hogan em 2009, a chamada Trilogia da Escuridão.
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No último 16 de julho, estreou...
...nos Estados Unidos a quarta e última temporada da produção. Se você nunca ouviu falar, aí vai um resumo: The Strain acompanha uma epidemia de vampirismo que se espalha pelos subterrâneos de Nova York, sem que muita gente perceba. O protagonista, o médico epidemiologista Ephraim Goodweather (Corey Stoll), é um dos poucos que logo se dão conta do problema.
O atormentado doutor toma para si a responsabilidade de estancar a sangria (os "strigois", criaturas mezzo vampiras mezzo zumbis, chupam o sangue das vítimas com uma espécie de ventana que sai da garganta).
Pare aqui se não viu a 3ª temporada!
Esta quarta temporada mostra os EUA nove meses depois da grande explosão nuclear do final da terceira, provocada em Nova York pelos strigois (com ajuda do chatíssimo filho de Goodweather, em protesto pela morte da mãe vampira). A nuvem gerada pela bomba criou uma "noite eterna", permitindo que as criaturas tomem as ruas durante o dia com segurança – assim, eles conseguem sair do escuro para subjugar os humanos. "Não acredito que nós perdemos", disse certa hora o acuado Goodweather, sobre a batalha entre os dois lados nas três temporadas anteriores.
Na nova realidade, os strigois – liderados agora por um Mestre no corpo do empresário-vilão Eldritch Palmer (Jonathan Hyde) – aparentemente estão governando o país. Nossos heróis, por sua vez, foram separados, mas ainda tentam encontrar uma maneira de acabar com a ascensão da ditadura vampírica, planejada por centenas de anos. Se o fim vai ser feliz, não tenho certeza.
No Brasil, sem previsão
A assessoria de imprensa do canal FX no Brasil me informou que não há previsão de estreia da quarta temporada por aqui. Fica aquela questão: como estancar a pirataria sem oferecer melhores condições aos espectadores brasileiros? O mundo mudou, e há muita gente que não aceita ver suas séries favoritas no ritmo atual da TV paga (um viva para a HBO, que transmite suas produções simultaneamente aos EUA).