Zapeando pelo Claro Vídeo, decidi começar a assistir Damages, que estava na minha lista de espera há muitos anos. Estrelada por Glenn Close, a produção exibida entre 2007 e 2012 entra no grupo de séries de advogado – com as quais tenho uma relação de amor e ódio.
Amor, porque é muito fácil se envolver nas tramas densas de poder, ego e dinheiro. Ódio, porque é muito fácil se cansar das tramas densas de poder, ego e dinheiro. Como diz minha mãe sobre as novelas das nove, "é só traição e maldade!". Devoro as primeiras temporadas, mas nunca consigo ir até o series finale.
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A seguir, dou dicas de algumas delas – o resto fica por sua conta e risco.
O Desafio (1997-2004)
Era tradição na minha adolescência, aos domingos, assistir a esta série depois de Os Simpsons, na Fox. Na contramão de outras produções da época, como Law&Order, que seguia quem aplica a lei, O Desafio acompanhava uma firma de advogados de defesa no tribunal. Adorava, especialmente, as disputas entre Bobby Donnell (Dylan McDermott) e Helen Gamble (Lara Flynn Boyle). Ganhou três Globo de Ouro (incluindo de melhor série de drama em 1999) e 16 Emmy (em 1998 e 1999, como melhor drama).
Damages (2007-2012)
Nas primeiras cenas, vemos uma mulher seminua toda ensanguentada andando desnorteada pelas ruas apinhadas de Nova York. Em seguida, voltamos ao início de tudo isso, quando a moça, a novata Ellen Parsons (Rose Byrne), é admitida pela firma de Patty Hewes (Glenn Close), a versão advogada da Miranda Priestly de Meryl Streep, em O Diabo Veste Prada.
Com um belo trabalho de edição, que intercala presente e passado, descobrimos o que levou a inocente iniciante a tal situação em apenas seis meses. Ganhou quatro Emmy e um Globo de Ouro – três desses prêmios para Glenn Close, como melhor atriz principal em série dramática.
The Good Wife (2009-2016)
Aos 40 e poucos, a advogada Alicia Florrick (Julianna Margulies) precisa se reinserir no mercado após anos como dona de casa. O motivo: seu marido, o procurador de Illinois Peter Florrick (Chris Noth), é preso por corrupção. Ela consegue uma chance como iniciante na firma do ex-colega Will Gardner (Josh Charles) e, a partir dali, começa sua jornada nos escritórios e nos tribunais para deixar seu papel de esposa passiva e traída para trás.
Confesso que acho a protagonista uma baita chata, mas Julianna ganhou um Globo de Ouro e dois Emmy por sua atuação. Dica: se você sente falta desta série, tente seu spin-off, The Good Fight, com a maravilhosa Diane Lockhart (Christine Baranski).
Suits (2011)
Fugindo de uma encrenca, o menino-prodígio Mike Ross (Patrick J. Adams) acaba se refugiando em um escritório de advocacia e caindo nas graças do arrogante e charmoso Harvey Specter (Gabriel Macht). Mike rapidamente vira uma estrela em ascensão na firma. O problema: ele não tem diploma em Direito e, a qualquer momento, pode ser desmascarado. No elenco fixo, está a namorada do príncipe Harry, Meghan Markle.
Quer rir?
Se você prefere uma comédia dramática, fique com Drop Dead Diva (2009-2014) – divertidíssima!