Rock story não começou bem, mas promete muito. A nova novela das sete exibida pela RBS TV teve uma estreia com muita ação e pouca verosimilhança. Os capítulos seguintes foram atenuando a velocidade do primeiro, e a trama de Maria Helena Nascimento começou a mostrar suas qualidades. Bons elementos não faltam: do elenco comandado por Vladimir Brichta à direção de Denis Carvalho, passando pela ambientação no mundo da música.
Desde o sucesso de Totalmente demais, a exigência do público subiu para as novelas dessa faixa horária, marcada pelas histórias mais leves, com boas doses de humor. A julgar pelos capítulos iniciais, Rock story tem tudo para agradar. Brichta está muito bem caracterizado com seu cover de Chris Cornell (ex-vocalista de Soundgarden e Audioslave). O roqueiro Gui Santiago é um personagem bem construído, que mescla a rebeldia rock'n'roll com o romantismo de um pai de família preocupado. Não tem como não gostar desse cara!
Leia mais:
"Rock story": saiba quem é quem na nova novela das sete
"Supermax": entenda por que a série dá certo na plataforma Globo Play
Atrações do canal GNT exploram a diversidade de maneira positiva
Além disso, essa rivalidade construída em torno da galera rock versus a galera pop pode render bons frutos ao andamento da novela. Ainda que Rafael Vitti esteja meio canastrão como o cantor popular Léo Régis, que rouba uma música e a mulher de Gui Santiago. Outros três destaques positivos do elenco até aqui são Nathalia Dill (Júlia), Herson Capri (Gordo) e a sempre sensacional Ana Beatriz Nogueira (Neia).
Maria Helena construiu uma trama sem grandes novidades: tem um quê de Glee e Malhação, sem esquecer do romance, que é aquilo que o público mais velho curte. E mesmo nesse tom ameno que toda novela das sete carrega, a autora ainda dá umas pinceladas de crítica social ao mostrar a dependência de aprovação nas redes sociais de Léo Régis.
Overdose de reality shows
A Band seguirá apostando em reality shows em 2017. A emissora já definiu que o novo Pesadelo na Cozinha, uma versão brasileira de Kitchen Nightmares, que será apresentada pelo chef Erick Jacquin abrirá o ano. Depois, será a vez da volta da versão amadora de MasterChef Brasil. Para o segundo semestre, estão previstas as novas temporadas de MasterChef Profissionais e X Factor Brasil. Já o CQC vai ter seu ano sabático estendido e só deve voltar à grade em 2018.
MELHOR
Dois programas da TV paga renderam boas doses de humor e senso crítico, ambos comandados por Fernandas. Fernanda Torres misturou realidade com ficção para falar sobre a ignorância humana em Minha estupidez, do GNT. Bem roteirizada, a atração merece continuação. Já Fernanda Souza promoveu diversão pura em seu Vai, Fernadinha, do Multishow.
PIOR
Não bastasse Sônia Abrão, agora as tardes da TV aberta conta com Fofocando do SBT. Além de não acrescentar nada nem divertir, o programa ainda abre espaço para brigas como a protagonizada pela apresentadora Mara Maravilha e a modelo Lívia Andrade na última quinta. As emissoras precisam rever suas grades para essa faixa horária com urgência.
