Um dos primeiros escritores da Rolling Stone EUA responsável por perfis de nomes como Janis Joplin, Charles Manson e Little Richard, David Dalton morreu aos 80 anos na segunda-feira passada (11), em Nova York. Segundo o The New York Times, o filho, Toby Dalton, revelou que a causa da morte foi câncer.
Dalton também escreveu biografias de algumas das figuras mais importantes da cultura pop, como Rolling Stones e Beatles. Nascido em 15 de janeiro de 1942, ele cresceu em Londres e na Colúmbia Britânica antes de ir com os pais para os Estados Unidos nos anos 1960.
Lá, logo se viu imerso na cena artística underground da cidade de Nova York, onde, com sua irmã, começou a trabalhar como assistente de Andy Warhol. A proximidade com Warhol o levou a fotografar bandas da Invasão Britânica, fenômeno cultural, e outros artistas. Após ler sobre a criação da Rolling Stone em 1967, Dalton começou a enviar fotos para o cofundador Jann Wenner.
Entre os trabalhos mais notáveis do escritor na Rolling Stone EUA, está um perfil longo sobre Charles Manson, líder de culto. O texto foi escrito com David Felton, ex-jornalista do Los Angeles Times. Com uma entrevista na prisão com o criminoso, eles receberam um National Magazine Award em 1971.
Depois de trabalhar na revista, Dalton passou a escrever biografias. Além da Janis Joplin, mais tarde renomeada como Piece of My Heart: a Portrait of Janis Joplin (1984), os trabalhos publicados do autor incluem The Rolling Stones: an Unauthorized Biography (1972), The Beatles: Get Back (1969), James Dean: The Mutant King (1974) e Who Is That Man? In Search of the Real Bob Dylan (2012).
David Dalton também ajudou músicos a escrever as próprias autobiografias, como Faithfull: An Autobiography (1994), de Marianne Faithfull, Does the Noise in My Head Bother You? (2004), de Steven Tyler, e My Way (2013), de Paul Anka.