O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, anunciou nesta terça-feira (1º) que pretende excluir todas as obras sobre o escritor e guerrilheiro comunista Carlos Marighella do acervo da instituição. Em uma publicação no Twitter, ele afirmou que também serão retiradas "obras de glorificação a Che Guevara".
"Além do imprestável Marighella, livros que promovem pedofilia, sexo grupal, pornografia juvenil, sodomia e necrofilia também estão com os dias contados na Palmares. Serão excluídos do acervo! O diretor Marco Frenette finaliza Relatório Público. Temos material comprobatório", escreveu.
Segundo Camargo, a revisão do acervo está sendo comandada por Marco Frenette, coordenador geral do Centro Nacional de Informação e Referência da Cultura Negra da Fundação Palmares (CNIRC). Em uma postagem no Facebook, ele afirma que está "desmontando uma escola de delinquência".
Frenette dá alguns exemplos do que supostamente encontrou na biblioteca da fundação: "Há desde livros defendendo a abordagem pedófila em crianças de quatro e cinco anos de idade até livros que ensinam a fazer greves, guerrilhas e revoluções, passando por obras esdrúxulas sobre óvnis, parapsicologia, fobias e técnicas de assassinato praticadas por cangaceiro".
O coordenador argumenta que “o que existe hoje é um material de incentivo ao ressentimento e ao vitimismo como estilo de vida, dividindo artificialmente os brasileiros”. Ele diz que produzirá um relatório após finalizar a revisão e que: "Em seguida, montaremos um centro de estudos e consultas que realmente servirá aos brasileiros, e não mais à militância".