O advogado Pedro Horta foi exonerado nesta sexta-feira (15) do cargo de secretário especial adjunto da Cultura. Ele era o número dois da secretaria comandada por Regina Duarte.
A saída de Horta consta em edição extra do Diário Oficial da União, em ato publicado na sexta e assinado pelo ministro Walter Braga Netto (Casa Civil). O advogado chegou à secretaria adjunta no final de abril, após ter sido chefe de gabinete de Regina. Antes do governo, ele era o responsável pelo departamento comercial da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp).
Desde que foi nomeada para chefiar a Secretaria Especial da Cultura, atualmente vinculada ao Ministério do Turismo, Regina tem sofrido com críticas da ala ideológica do governo Bolsonaro, que tem interferido em suas nomeações.
Ela vive, por exemplo, uma queda de braço com o presidente da Fundação Palmares, o jornalista Sérgio Camargo, que apesar de ser desafeto da atriz permanece no posto com o aval de Bolsonaro.
Além dos constantes atritos com o núcleo ideológico, Regina tem sofrido críticas da classe artística, que se acentuaram após uma recente entrevista à rede CNN Brasil. Na ocasião ela demonstrou irritação com os jornalistas da emissora após a exibição de um vídeo em que a atriz Maitê Proença critica sua gestão.
Ela também minimizou a ditadura militar, a tortura e as mortes pelo coronavírus no Brasil. Por outro lado, o desempenho de Regina foi bem avaliado por Bolsonaro e, segundo assessores do mandatário, deram uma sobrevida à atriz no cargo.