Diretor de produções da Turma da Mônica, Mauro Sousa, filho do desenhista Mauricio de Sousa, sofreu um ataque homofóbico na internet e resolveu se defender. Após ser chamado de "viadinho", respondeu e recebeu apoio.
O fato aconteceu depois de Mauro expor que pretendia criar um personagem gay para a história. A revelação foi feita em uma entrevista recente. Um homem, cujo nome o próprio Mauro preferiu ocultar, afirmou ser "fã da revistinha Turma da Mônica" mas que
"infelizmente hoje Mauricio de Sousa, sem forças para decidir sua vida, vai deixar um viadinho desfazer seu sucesso de décadas"
Mauro resolveu se defender. "Eu geralmente prefiro postar coisas legais e felizes, mas dessa vez, resolvi fazer esse post. Não para expor ninguém, mas para informar os mais desinformados. A diferença entre ontem e hoje é que ontem ele era apenas mais um hater (pessoa que destila ódio na internet). Mas hoje, ele é um criminoso e pode ir para a cadeia", escreveu Mauro nas redes sociais.
Rapidamente o diretor da Turma da Mônica recebeu elogios. Entre eles, do ator Jarbas Homem de Mello. "Cadeia pra esse imbecil. E fico tão feliz de ver a Turma da Mônica tão viva e acompanhando os novos tempos! Parabéns querido", publicou.
Na quinta-feira (13), após seis sessões, o Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, finalizou a votação conjunta sobre a criminalização da homofobia (preconceito contra gays, lésbicas e bissexuais) e da transfobia (preconceito contra travestis e transexuais). Por 10 votos a 1, ficou reconhecido que o Congresso, apesar de ter se omitido sobre o tema, é quem legisla sobre a homofobia e a transfobia. E por 8 votos a 3, a homofobia e a transfobia enquadram-se no mesmo tipo penal do artigo 20 da Lei 7.716/1989, que criminaliza o racismo.