A atriz sueca Bibi Andersson, musa do cineasta Ingmar Bergman, morreu neste domingo (14), aos 83 anos. A causa da morte não foi ainda revelada. Desde 2009, Bibi estava afastada da vida pública, em decorrência de uma grave derrame cerebral, e vivia em clínica de Estocolmo.
Berit Elisabeth Andersson, seu nome de batismo, estreou diante da câmera aos 15 anos, quando passou no teste para atuar em uma propaganda de sabonete para a TV dirigida por Bergman. Formou-se como atriz no Teatro Dramático Real, o prestigiado Dramaten, e entrou para trupe de atores recorrentes nos trabalhos de Bergman, de quem foi, depois de namorada e musa, amiga por mais de 40 anos.
Bibi e Bergman fizeram juntos 12 filmes, de Sorrisos de Uma Noite de Verão (1955) a Cenas de um Casamento (1973), e dezenas de espetáculos teatrais. Entre os filmes clássicos do diretor que marcaram a carreira de atriz, estão Morangos Silvestres (1957), O Sétimo Selo ( (1957), No Limiar da Vida (1958), que garantiu a Bibi o troféu melhor atriz em Cannes, e Persona , no antológico papel da enfermeira que cuida da diva do teatro em crise emocional vivida por Liv Ullman —trabalho que lhe valeu o Guldbagge, o maior prêmio do cinema sueco.