Uma noite do mais genuíno sertanejo é o que prometem Almir Sater, Sérgio Reis e Renato Teixeira hoje, no Araújo Vianna. A promoção é da Rádio Farroupilha (680 AM e 92.1 FM).Eles apresentam o show Tocando em Frente, que passeia não só pela história do gênero, mas por canções que marcaram a MPB. Por e-mail, Renato fala sobre a expectativa para este espetáculo.
Diário Gaúcho – O que os gaúchos podem esperar do show?
Renato Teixeira – Canções mais marcantes minhas e dos meus grandes amigos ao longo destas numerosas décadas de carreira. Há, também, músicas inéditas, boas, calmas. A gente busca criar uma atmosfera visual e sonora com o intuito de tocar no emocional de quem está nos assistindo, até porque essa característica sentimental e poética da música, hoje em dia, está banalizada...
Sou suspeito para dizer, mas não tem como dar errado se temos Sérgio Reis e Almir Sater no mesmo palco.
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Diário – Vocês já haviam feito parceria em duplas (Almir e Renato e Sérgio e Renato). Como surgiu a ideia do trio?
Renato – É como se a ideia existisse desde sempre. Eu gravei dois CDs e DVDs com o Sérgio, também gravei dois discos com o Almir, e nossos trabalhos em conjunto tiveram o seu reconhecimento, até Grammy Latino trouxemos para casa.
Com todos esses projetos bem sucedidos e que nós principalmente curtimos fazer, aconteceu de forma natural a nossa união em trio, estava claro para nós três que o próximo passo para nossas carreiras era essa turnê.
Diário – O show é uma viagem na música sertaneja, de raiz. Muitos jovens astros do gênero comentam que se inspiram em vocês. Conseguem acompanhar os novos? O que acham deles?
Renato – O sertanejo de agora é mais popular pelo que chamam de sertanejo universitário, que é mais um fenômeno social que um fenômeno musical, as canções não têm a profundidade e a métrica dos clássicos que vieram do sertanejo de raiz, são músicas mais pop. Até aquela característica caipira foi substituída por um estilo mais urbano.
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Em contrapartida, temos artistas muito talentosos como a Paula Fernandes e o Gusttavo Lima. O que eu gosto na geração atual é que são artistas determinados, gente honesta e muito trabalhadora, que tem um enorme respeito por mim, pelo Almir, pelo Sérgio e por nossos outros colegas de geração.
Diário – Existe um imenso repertório que poderia ser contemplado neste show. Como foi a escolha das músicas?
Renato – Este projeto é uma espécie de curadoria da música caipira, que nos moldou e nos consolidou, queremos que as pessoas vejam e sintam que essas canções são atemporais e tem o seu valor artístico, é uma ponte da música caipira com a música popular brasileira.
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