MOONRISE KINGDOM
De Wes Anderson. Com Jared Gilman e Kara Hayward. Para este escriba, é o melhor filme do diretor de Os Excêntricos Tenenbaums (2001) e Grande Hotel Budapeste (2014). Isso porque seu estilo afetado, que busca a fabulação a partir de reiterações e DE uma visualidade que deixa o realismo muito para trás, nunca caiu tão bem como nesta história de dois jovenzinhos que fogem para a floresta para consumar o seu amor. Atenção, sobretudo, às participações especiais – de Bruce Willis, Bill Murray, Edward Norton, Frances McDormand, enfim, uma enormidade de astros e estrelas, outra característica do cinema de Wes Anderson. Comédia/fantasia, EUA, 2012, 94min. Studio Universal, 15h50min
A COR DO DINHEIRO
(The Color of Money) – De Martin Scorsese. Com Paul Newman e Tom Cruise. Impressionado com o talento de um jovem jogador, ex-campeão de sinuca decide voltar à cena e gerenciar sua carreira. O garoto é interpretado por Cruise, e o veterano, por Newman, voltando ao personagem que viveu em Desafio à Corrupção (1961), drama de Robert Rossen que venceu os Oscar de fotografia e cenografia em preto e branco (sim, existia isso àquela época). Em A Cor do Dinheiro, Scorsese filma as partidas com planos inventivos montados à perfeição, vale conferir. Drama, EUA, 1986, 119min. Telecine Cult, 16h35min
DEPOIS DE HORAS
(After Hours) – De Martin Scorsese. Com Griffin Dunne, Rosanna Arquette e Linda Fiorentino. Outro filme oitentista de Scorsese. Este curioso e muito interessante longa, recheado de humor negro, narra a história de um solitário técnico de computação de Nova York que, cansado de sua vida pacata, decide sair à noite – e vivencia algo que pode ser classificado como a ilustração de um pesadelo. Comédia/suspense, EUA, 1985, 97min. TCM, 22h
TV aberta:
MEU TIO MATOU UM CARA – De Jorge Furtado. Com Lázaro Ramos, Darlan Cunha, Sophia Reis e Deborah Secco. Convicto de que seu tio confessou um crime para livrar a namorada, garoto de 15 anos tenta provar a inocência do homem. Isso em meio às descobertas e turbulências típicas da adolescência. Comédia dramática, Brasil, 2005, 87min. RBS TV, 15h15min
Streaming:
IDA – De Pawel Pawlikowski. Com Agata Trzebuchowska e Agata Kulesza. Um filme curto em sua duração, rigoroso em sua composição visual e riquíssimo pelo mosaico de traumáticos episódios que aborda. É pela trajetória de uma noviça órfã, menina judia criada em um convento católico ao qual foi entregue durante a II Guerra Mundial, que conhecemos um pouco da história da Polônia no século 20, da ocupação nazista ao período sob o garrão soviético. O contato da jovem com o mundo exterior, intermediado por uma tia alcoólatra e solitária, é de uma dureza atroz. Vale sempre voltar a este que é um dos grandes filmes dos últimos anos, com seus planos simétricos e carregados de dramaticidade, emoldurados por uma janela de exibição quadrada, padrão no cinema até as décadas em que se passa a ação. Drama, Polônia/França/Reino Unido/Dinamarca, 2013, 82min. Disponível na Netflix
