A presença de Adriana Calcanhotto é sinônimo de casa cheia. Não foi diferente neste sábado, quando a cantora e compositora lotou o Teatro Carlos Urbim, na Feira do Livro de Porto Alegre, para falar sobre seu songbook Pra que é que serve uma canção como esta?.
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Mediado pelo escritor Pedro Gonzaga, o bate-papo começou com Adriana refutando que exista uma resposta para a pergunta-título do livro:
– Interessa mais a pergunta do que uma possível resposta.
A obra, composta por letras conhecidas, lados B e inéditas de Adriana, teve curadoria do poeta Eucanaã Ferraz, que já havia trabalhado projeto semelhante com Caetano Veloso. A gaúcha, no entanto, relatou que demorou para aceitar a proposta de Eucanaã.
– Foram cinco anos para eu concordar com o projeto. Achava que era uma perda de tempo ficar lidando com letras antigas quando podia estar escrevendo novas, mas vi que, do ponto de vista do poeta, era algo que podia ser interessante – explica Adriana. – Então deixei tudo com ele, não me meti em nada no processo, fiz revisões mínimas.
Entre as letras de Pra que é que serve uma canção como esta? estão composições escritas para outros artistas, como Roberto Carlos, mas que nunca foram entregues. Sobre outras, como uma escrita para Maria Bethânica, Adriana comentou sobre a dificuldade de colocar títulos.
– Certa vez, fiz uma letra e mandei para a Bethânia com o título de "Desde que eu vim morar nos seus olhos". Ela me ligou e disse "Posso chamar de 'Âmbar?'" (risos). Claro que ela podia.
Letra e música
Adriana Calcanhotto fala sobre suas composições na Feira do Livro
Cantora e compositora conversou sobre o songbook "Pra que é que serve uma canção como esta?"
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