Eu estava esperando a conjunção dos astros para escrever sobre MasterChef Brasil: tempo sobrando + um acontecimento que me impelisse a escrever sobre o programa.
Leia mais
"MasterChef Brasil" estreia terceira temporada
Confira melhores memes do episódio com carne crua
VÍDEO: jornalistas de ZH comentam o primeiro capítulo
Já estive perto das duas coisas – a emoção do Lee, a decisão da Bruna de salvar gente de sua equipe em vez de si própria, a criatividade do Aluísio –, mas apenas no episódio desta terça-feira bateu a comichão (é tão estranho essa palavra ser um substantivo feminino).
Quero registrar para meus 17 leitores minha felicidade pelas atitudes do Guilherme Joventino no programa desta terça. Primeiro, ele arrasou na escolha da equipe azul. Depois, comandou bem, com o máximo de serenidade possível. Por fim, numa tacada de mestre, num lance que, a um só tempo, mostrou sua magnanimidade e sua autoconfiança, o Guilherme, que tinha a difícil missão de escolher um integrante de sua equipe para a prova de eliminação, que tinha essa prerrogativa por ser o líder – e, importante frisar, o líder da equipe que venceu –, pois bem, o Guilherme, em um momento que deveria servir de exemplo para todos os líderes e os ditos líderes do Brasil, decidiu arriscar sua própria permanência no MasterChef Brasil. Mandou a si próprio para a prova de eliminação. Flertou com o perigo, pecou no sabor (pelo menos seus tartares estavam bonitos), mas passou.
Enfim eu tenho alguém para quem torcer de verdade.
Sim, eu sei que o diretor comercial de 37 anos tem detratores. Amigos meus não engoliram sua vibração efusiva, antes da hora, e a carraspana que levou do Jacquin quando foi escolhido como o último participante. Guilherme teria ficado mais feliz com a eliminação da colega do que com sua própria entrada no programa. Discordo veementemente. Não acho que ele tenha agido como um secador de Gre-Nal. Ele poderia ter sido mais contido? Fácil dizer aqui do sofá.
Sim, eu já vi momentos de teimosia, prepotência e arrogância do Guilherme. Mas nada que fugisse do normal em um programa sobre gente que acha que pode ser um masterchef. Vamos combinar que é preciso um pouco de teimosia, prepotência e arrogância para encarar essa competição – evidentemente, equilíbrio, humildade e senso de coletividade também são necessários. Espero que o Guilherme misture bem esses ingredientes.
P.S. 1: que bom ver o Tenente eliminado. Me desculpem seus fãs, mas ele realmente era "rústico" demais.
P.S. 2: banana com cebola? Francamente. Mesmo que fique gostoso, convenhamos: é BANANA com CEBOLA. E mais de um candidato tentou!
P.S. 3: a Ana Paula Padrão está com um stylist melhorzinho nesta temporada, né?