Magnólia
(Magnolia) – De Paul Thomas Anderson. Com Julianne Moore, Tom Cruise e Philip Seymour Hoffman. Ok, este terceiro longa do ótimo diretor de Sangue Negro (2007), que antes já fizera Boogie Nights (1997), não é nenhum Short Cuts (maior referência contemporânea dos filmes corais dirigida por Robert Altman em 1993). Mas, antes de concordar com seus detratores, é preciso dar uma chance a ele. Está cheio de gente por aí que o considera uma obra-prima, ou quase isso, desse subgênero. Magnólia só não é aconselhado se você tem ojeriza a sapos. Drama, EUA, 1999, 188min. Max Up, 13h10min
Samba
De Olivier Nakache e Eric Toledano. Com Omar Sy, Charlotte Gainsbourg e Tahar Rahim. Neste drama cômico, os diretores de Intocáveis (2011) aprofundam seu trabalho de reflexão sobre a vida de imigrantes na Europa. A trama narra os destinos cruzados de dois deles e uma executiva em crise, que os ajuda em sua tentativa de se estabelecer em Paris. Bom filme, um tantinho menos apelativo do que o longa anterior, que caíra no gosto do público brasileiro. Comédia dramática, França, 2014, 118min. Telecine Premium, 22h
Sob a Pele
(Under the Skin) – De Jonathan Glazer. Esta ficção científica ambientada na Escócia tem aquela que talvez seja a melhor atuação da carreira de Scarlett Johansson. Na trama, ela é uma figura provavelmente vinda de outro planeta, que tem forma humana mas que não sente nem raciocina como tal, e só tem um objetivo: seduzir os homens que encontra. Por quê? Difícil definir com precisão: Sob a Pele honra o gênero a que se filia, aproveitando-se de premissas não realistas para apostar em múltiplas possibilidades interpretativas. É incrível (e revelador de enorme talento) que a falta de emoções e o vazio do olhar de sua atriz principal não a tenham deixado menos sedutora. Como Alida Valli no clássico Olhos sem Rosto (1960), parece que a frieza potencializa o encantamento, muito em função da inquietação quanto ao que está por trás da máscara de insensibilidade. Ficção científica, EUA/Grã-Bretanha, 2012, 108min. Max Prime+, 22h10min
Relatos Selvagens
(Relatos Selvajes) – De Damián Szifron. Com Ricardo Darín, Oscar Martinez e Leonardo Sbaraglia. Foi grande o sucesso desta coletânea de histórias sobre pessoas em situações limite entre a civilização e a barbárie. Vale a pena rir de novo: seu humor é impagável, e o que essas histórias dizem sobre as relações sociais hoje em dia é bem interessante. Comédia, Argentina/Espanha, 2014, 122min. HBO, 0h05min
Eu te Amo
De Arnaldo Jabor. Jabor já afirmou ter se arrependido da intensidade das cenas de sexo, mas elas são parte importante deste lírico triângulo amoroso centrado na figura do industrial falido que acabou de levar um pé na bunda (Paulo César Pereio, em ótima fase, se dando bem com Vera Fischer, como a mulher que o abandonou, e Sônia Braga, que interpreta a prostituta com quem ele estabelece laços em meio à crise). Eu te Amo foi lançado apenas um ano após Tudo Bem (1980), o melhor longa de Jabor. Talvez tenha pretensão em excesso, porém, vale dar uma chance a este que ainda é um dos mais interessantes longas brasileiros sobre a impotência do homem, por mais rico que seja, diante das armadilhas do mundo liberal – e tudo o que sua queda pode significar. Drama, Brasil, 1981, 102min. Canal Brasil, 0h15min
TV ABERTA
Calypso Rose
(Calypso Rose: The Lioness of the Jungle) – De Pascale Óbolo. Filme em homenagem à cantora caribenha, que foi acompanhada em turnê pela diretora franco-camaronesa ao longo de quatro anos de turnê internacional. Documentário, Trinidad e Tobago, 2011, 85min. TV Brasil, 1h