É um exercício interessante comparar Vingadores: A Era de Ultron, lançado no ano passado, com Capitão América: Guerra Civil, o filme que estreia esta semana trazendo o nome de um dos heróis no título mas servindo quase como um terceiro filme dos Vingadores, dado o grande número de heróis em cena. Era de Ultron sucumbiu a um sem número de pressões e compromissos que tiraram de cena o grande nome da primeira fase da Marvel, o diretor Joss Whedon. O resultado final foi uma decepção, um filme que, apesar de agregar novos elementos ao já superlotado universo da editora no cinema e contar com um vilão de grande potencial, terminou flácido e disperso, com a espinha dorsal esmagada pelas exigências impostas pelo estúdio: preparar a nova fase, apresentar novos personagens, lançar as bases para futuros filmes e ainda ser um entretenimento interessante. O que é surpreendente é que Guerra Civil, sob a batuta dos grandes destaques da atual fase cinematográfica da Marvel, os irmãos Anthony e Joe Russo, consiga lidar com basicamente as mesmas exigências, cumpri-las e ainda ser um filme que equilibra, em crescendo, ação, humor, drama e um clima de produção internacional de espionagem, tudo isso em um filme de super-herói (que desde já se alinha entre os melhores produzidos com personagens da editora no cinema).
Cinema
"Capitão América: Guerra Civil" é um dos mais sólidos filmes da Marvel
Produção coloca os Vingadores em conflito sobre os limites da autonomia e da responsabilidade de aventureiros mascarados para agir no mundo contemporâneo.
Carlos André Moreira
Enviar email