Quase três anos depois de inaugurada, a Arena do Grêmio recebeu nesta quarta-feira seu primeiro grande show internacional. A estreia foi com o Pearl Jam, que se apresentou em Porto Alegre pela terceira vez. O novo local foi aprovado pelo vocalista Eddie Vedder durante o espetáculo, que se mostrou satisfeito por tocar em um lugar mais seguro que o anterior _ no caso, o Estádio do Zequinha, há exatamente quatro anos. Mas nem tudo funcionou como deveria, especialmente para quem não estava na pista VIP.
O PESADELO DA PISTA NORMAL
É cada vez mais complicada a vida de quem não frequenta as pistas VIPs de shows em Porto Alegre. Numa montagem no mínimo estranha, a pista VIP do show do Pearl Jam ocupava quase o mesmo tamanho da pista normal. Ou seja, quem desembolsou mais para ter uma visão melhor, mas não conseguiu chegar até próximo do palco, ficou para trás e enxergou tanto quanto quem estava na pista normal grudado no brete que separava as duas áreas _ e pagou menos por isso.
Não que o pessoal do setor mais barato do gramado tenha levado alguma vantagem. Pelo contrário: repetindo o mesmo arranjo desastroso (e desrespeitoso) do show do Foo Fighters, em janeiro deste ano na Fiergs, a house mix (estrutura montada para abrigar equipamentos e operadores de som) foi instalada à frente da pista normal, tapando a visão de quem estava por ali. Logo atrás, uma imensa estrutura de bar, situada no meio da pista, além de ocupar espaço, também atrapalhava a visão _ inclusive de quem estava no anel inferior da arquibancada.
Não fosse suficiente, outro naco de visibilidade foi cortado com a instalação de um posto médico e pelas torres de caixas de som, ambos próximos da divisa entre as pistas. A impressão que se tinha era de que não havia ponto da pista normal que não tivesse alguma coisa atrapalhando.
SOM
O som estava perfeito. Em todos os pontos do estádio era possível ouvir a banda com clareza.
CHEGADA
Para quem usou ônibus, táxi ou carro, chegar até a Arena não foi tarefa das mais difíceis. O trânsito fluiu bem pelas principais vias de acesso. Dentro do estádio, orientadores uniformizados facilitavam encontrar o caminho para o setores, tornando a entrada rápida e sem muitos problemas.
SAÍDA
Algum congestionamento era esperado, mas o tráfego fluiu bem de forma geral para quem estava de carro. Já quem dependeu de táxi precisou esperar: quase não se viu táxi na saída do show e os poucos carros laranjas que chegavam até o entorno do estádio eram rapidamente ocupados. Não foi incomum encontrar gente caminhando pela Voluntários da Pátria tentando agarrar algum táxi antes que ele chegasse onde estava a maior parte do público.
BAR
Os salgadíssimos valores cobrados nos show dos Los Hermanos, no Beira-Rio, foram repetidos na Arena: cerveja a R$ 10, água a R$ 8 e comida (cachorro-quente, hambúrguer e fatia de pizza) a R$ 15.