Nesta segunda, às 21h.
Duração prevista: 75 minutos.
Teatro do Bourbon Country (Rua Tulio de Rose, 80), fone (51) 3375-3700, em Porto Alegre.
Ingressos: R$ 80 (galerias), R$ 120 (mezanino), R$ 150 (plateia alta), R$ 190 (plateia baixa) e R$ 280 (camarote).
À venda na bilheteria do teatro (das 10h até a hora do concerto), pelo Ingresso Rápido (ingressorapido.com.br e fone 51 4003-1212, a partir das 9h) e pela telentrega 3231-4142 (das 9h às 12h e das 14h às 18h).
No ambiente da música de concerto europeia, que venera a antiguidade de suas orquestras, a Berliner Camerata é uma surpreendente novidade. Reunindo alguns dos mais habilidosos instrumentistas do continente, o conjunto alemão chega a Porto Alegre com 12 integrantes para uma única apresentação hoje no Teatro do Bourbon Country.
Criada em 2008 com o objetivo de executar obras tradicionais e composições modernas, a Camerata mostrará na Capital um programa com música barroca, clássica e romântica. Serão executadas peças de Vivaldi (Concerto nº 1 da série L'Estro Armonico), J.S. Bach (Concerto para Dois Violinos em Ré Menor), Chopin (Concerto para Piano nº 2) e Mozart (Concerto para Piano nº 12).
- Basicamente tentamos criar programas para o público. Nosso foco é fazer os espectadores felizes com um repertório interessante e variado. Se o público está feliz, nós também estamos - afirma, por e-mail, a violinista Olga Pak, diretora da Berliner Camerata.
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Olga acredita que não é preciso necessariamente oferecer programas que misturam música clássica com popular para atrair os jovens ouvintes. Para ela, a música de concerto tem poder de atração agora e "daqui a cem anos":
- A música clássica sobreviveu mais de 300 anos, sempre mudando um pouco e descobrindo novas formas de inspirar o público. Agora é a hora de voltar às raízes para devolver à música o poder, o espírito e a diversão que ela merece. Acreditamos que, se você der aos músicos a confiança, a segurança e a liberdade para serem artistas dispostos a correr riscos, o estusiasmo com a música clássica vai contagiar também o público jovem.
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A estreia da Berliner Camerata foi em 2008 no Konserthus de Oslo, na Noruega, tocando Vivaldi e Piazzolla. Hoje, o conjunto se apresenta nas mais prestigiadas salas de concerto do mundo, com séries na Philharmonie de Berlim e na Gewandhaus de Leipzig.
Na opinião de Olga, a famigerada crise mundial que tem levado ao fechamento de orquestras pode ser, pelo contrário, "uma grande chance" para mudar. O problema, segundo ela, não é a música, mas o sistema da música.
- Em muitos países, e também na Alemanha, um sistema burocrático, rígido e às vezes arrogante por trás das orquestras destrói o espírito da música, e é a razão pela qual o público jovem está longe dos concertos. Mas orquestras de primeira classe, como a Filarmônica de Berlim, têm um sistema que estimula os membros a se desenvolverem como músicos e que oferece o básico para se sentirem livres como artistas. O público sente que os músicos estão se divertindo e fica atraído também pela velha música clássica.
Berliner Camerata