O humorista Marcelo Adnet participou do programa Timeline, da Rádio Gaúcha, nesta segunda-feira. Atualmente, ele comanda com Marcius Melhem a segunda temporada de Tá no Ar: A TV na TV, que vai ao ar nas quintas na RBS TV, após o Big Brother Brasil. A atração tem recebido elogios da crítica especializada por fazer sátiras ácidas de diferentes gêneros televisivos, como jornalismo, novelas, reality shows, propagandas, e, ao mesmo tempo, criticar os assuntos da sociedade.
Na entrevista, Adnet comentou a atual situação política do país, em meio a protestos.
- Por mais que a gente conteste o governo, nós acabamos mais atrapalhando a atual situação do que ajudando. Precisamos lembrar que teve eleições recentemente. O que acho que falta hoje no Brasil para termos uma situação política consolidada é melhorarmos o debate. O que falta para a gente é o meio termo, um ouvir o outro. A gente está começando a debater ainda. Só vemos monólogos nos debates políticos. Só gritamos o nosso ponto de vista. Ou a gente é Jean Wyllys ou é Bolsonaro.
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- É opinião demais e conteúdo de menos. a opinião é muito rasa. Pessoas usam a opinião como acessório de moda. Querem opinar sobre tudo. Reclamar é uma mania nacional, é um esporte mais popular do que o futebol hoje em dia - completou.
Adnet falou sobre a liberdade de linguagem que tem para trabalhar na Rede Globo.
- Em um emissora considerada conservadora, conseguimos fazer um samba que falava sobre bicheiros, cocaína, tráfico de drogas, turismo sexual, entre outros. Alguns membros do jornalismo da Globo falaram para a gente que em dois minutos nós fizemos mais jornalismo do que eles.
Assista ao samba-enredo da "Amarelo e Cinza".
- Aquela mensagem que apareceu no programa dizendo "nós trabalhamos na Globo, mas não concordamos com tudo o que ela faz" é muito importante democraticamente - arrematou.
Sobre o episódio no qual foi flagrado traindo publicamente sua esposa Dani Calabresa, disse que espera que as pessoas tenham lucrado muito dinheiro em cima do caso.
- Daí ao menos alguém vai sair ganhando em cima do meu sofrimento.
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Marcelo Adnet: "Ou a gente é Jean Wyllys ou é Bolsonaro"
Humorista, em entrevista à Rádio Gaúcha, comentou o atual cenário político e o comportamento dos brasileiros em discursos extremistas nas redes sociais
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