Estratégia de marketing ou fim da controvérsia? Seja o que for, a adaptação do longa Tim Maia, de Mauro Lima, para veiculação como minissérie pela Rede Globo continua a ser tópico de discussão. Tanto que o próprio diretor veio a público para se retratar por, na última semana, ter recomendado a seus seguidores no Instagram que não assistissem a Tim Maia - Vale o que Vier - cujos episódios foram inclusive retirados do portal de streaming da emissora.
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Em curto artigo escrito para o caderno Ilustrada, do jornal Folha de S. Paulo, o diretor Mauro Lima afirmou que o pedido gerador da controvérsia foi feito por ele a uma rede pequena de conhecidos, que lhe seguem em sua conta fechada no Instagram. Ele diz que não tinha intenções de atacar a Rede Globo:
"Já trabalhei com a Globo e tive muito boas experiências no passado e não tenho nenhuma intenção de atacar o modo como retrabalham suas produções. Até assisti a 'Gonzaga' assim, dias atrás.
Como diretor, para mim é bom que mesmo um derivado dê uma boa resposta de audiência. Aliás, preciso descobrir o mala que deu esse print screen e cortar dos meus seguidores", escreveu o cineasta. Segundo Lima, insuflar o público contra a emissora seria algo "pífio e ridículo" de sua parte.
Colunistas do setor de entretenimento voltaram a criticar, nesta segunda-feira, a edição particular do momento em que Roberto Carlos destrata Tim, ainda em início de carreira, e lhe entrega botas usadas para substituir seus sapatos rotos. Ricardo Alexandre, colunista do R7, ligou a edição do episódio a uma outra questão: o desprezo do Rei Roberto por revelações sobre sua vida, que o levou inclusive a bater pé em relação a biografias não autorizadas no último ano.
Patricia Villalba, da coluna Quanto Drama!, da Veja, qualificou a minissérie global como um "docudrama", que "limpou a barra de Roberto Carlos".
Mesmo o filho de Tim Maia, que chegou a ser entrevistado para a seção de testemunhos da minissérie, classificou como "tendenciosa" a história do filme em sua conta no Instagram.
