Um dos seriados mais bem-sucedidos desta era de ouro seriadal é The Good Wife, talvez o melhor drama de TV fora dos canais a cabo americanos. A estrutura é clássica, o drama que ocorre quando um juiz precisa decidir contra ou a favor de algo que nos interessa, e por isso o gênero dá tão certo.
O que existe de novo em The Good Wife é ela, The Wife, exposta à visitação pública por conta das estripulias ilegais e sexuais do marido com cargo político importante.
Alicia Florrick, a esposa, é a Amélia expulsa do subúrbio rico americano que se transforma em uma advogada em um grande escritório comandado por um ex-colega e flerte dos tempos de faculdade. The Good Wife funciona ao juntar a odisseia de Alicia pelos competitivos universos da advocacia corporativa e da política de Chicago, com a necessidade de lidar com um casamento em estado de choque, uma família desbaratada, e, como não poderia faltar, um amor dos tempos da juventude. Funciona porque Alicia representa o novo modelo de mulher, capaz de tudo e mais um pouco, e ainda com um sorriso enigmático à la Mona Lisa que sugere, por vezes, um possível Walter White em terninhos jurídicos.
Funciona porque Hollywood sabe como misturar tudo isso em uma panela e acertar a fervura. Funciona porque agora a fervura já está na quinta temporada, e o caldo parece que ainda serve para mais outras. Veja e confira, amiga, porque funciona.