Com o projeto Foi no Mês que Vem, o músico Vitor Ramil preparou um disco duplo com regravações de cerca de 30 músicas e deu origem a um songbook que reúne as letras e as cifras de mais de 60 de suas músicas, além de textos críticos e biográficos.
O financiamento se deu de forma coletiva, o crowdfunding, por meio do site tragaseushow. Ramil compartilha um pouco dessa experiência em bate-papo com o público nesta terça, às 18h30min, no Auditório Barbosa Lessa do Centro Cultural CEEE Erico Verissimo. Às 20h, ele autografa o Songbook - Vitor Ramil na Praça de Autógrafos.
Zero Hora - Como foi o processo de produção do songbook?
Vitor Ramil - O songbook foi idealizado pelo Vagner Cunha. Ele e o Fabricio Gambogi se encarregaram das 62 partituras. Já os textos ficaram sob a responsabilidade do Juarez Fonseca, do Luís Augusto Fischer e do Celso Loureiro Chaves. Um verdadeiro time de craques. Forneci a cada um deles as informações de que necessitavam e depois revisei notas e palavras. Foi um trabalho exaustivo para todos, mas o resultado ficou excelente. É um documento muito completo. O Felipe Taborda, designer carioca, fez a capa, que traz fotos feitas pela Ana Ruth, minha mulher, e pelos fotógrafos pelotenses Nauro Júnior e Paulo Rossi. Sou um afortunado por poder contar com tanta gente competente e amiga disposta a trabalhar além da conta.
ZH - Na etapa seguinte ao financiamento coletivo para a produção do songbook e do álbum duplo, que dificuldades você encontrou para finalizar o projeto?
Ramil - Não foram propriamente dificuldades, mas situações quase inevitáveis em um projeto como esse, que exigiu muita mobilização da minha parte. As gravações ocorreram em três cidades, Buenos Aires, Porto Alegre e Rio de Janeiro, com muita gente diferente envolvida. Para se chegar ao padrão de som desejado, foram feitas três mixagens e masterizações, as últimas nos Estados Unidos. Não é pouco, considerando que gravamos 33 músicas.
ZH - Como se desenvolve seu processo de composição e que rotina você estabelece?
Ramil - Atualmente, assim que me vem uma ideia, gravo. Depois vou trabalhando a música e canto ela por muito tempo, às vezes mais de ano. Só então começo a escrever a letra.
Songbook - Vitor Ramil
Editora Belas-Letras, 304 páginas, R$ 44,90 (em média)