A internet pode ampliar a difusão das novas composições da música erudita brasileira. Em sua vigésima edição, a Bienal de Música Brasileira Contemporânea da Fundação Nacional de Artes (Funarte), aberta na noite desta sexta, na Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) está disponibilizando pela primeira vez as obras na rede mundial. São 72 peças inéditas, compostas especialmente por compositores de 13 estados, que serão apresentadas em estreia mundial até o próximo dia 6 de outubro.
Entre as obras, 33 venceram o Prêmio Funarte de Composição Clássica 2012, que teve mais de 500 inscritos. As demais 39 foram encomendadas pela instituição diretamente a compositores que já participaram da Bienal, como Edino Krieger, Marlos Nobre, Ronaldo Miranda, Ricardo Tacuchian e Jorge Antunes.
As imagens dos concertos serão captadas, editadas e depois exibidas no hotsite da Bienal, a partir de novembro. De acordo com o coordenador de música erudita da Funarte, Flávio Silva, a iniciativa é uma aposta para a expansão dos horizontes da música contemporânea brasileira.
- Vamos difundir as composições em instituições musicais do Brasil e de todo mundo, fazendo essa comunicação em inglês. A nossa aposta é um retorno significativo - disse.
Até 5 de outubro, os concertos serão no Salão Leopoldo Miguez da Escola de Música da UFRJ, às 19h (domingo às 17h), com ingressos a R$ 2.
Nesta sexta-feira, a abertura foi com o naipe de cordas da Orquestra Sinfônica da UFRJ, regida por Cláudio Cruz.
Os músicos interpretaram as obras encomendadas Quê que a Gente Faz; Concertino para Violão, Orquestra de Cordas e Sons Pré-Ggravados, de Jorge Antunes; Sortilégios, de Marcos Lucas, e Bahia Concerto 2012, de Paulo Costa Lima, além das vencedoras do Prêmio Funarte Japiim nº7, de Carlos dos Santos; A Estrada do Rio Morto, de Mario Ferraro, e Impropérios Harmônicos em Palavras Afáveis, de Matheus Bitondi.
No dia 6, o concerto de encerramento será no Theatro Municipal, às 17h, com a Orquestra Petrobras Sinfônica, regida por Roberto Duarte, que interpreta seis obras, três encomendadas e três vencedoras do Prêmio Funarte de Composição.
- A bienal é um momento único de encontro de compositores com o público em torno de obras musicais recentemente criadas. As bienais são uma mostra generalizada, sem nenhuma preocupação de definir estilos, correntes ou ideologias - destacou Flávio Silva.
Dos 73 compositores que apresentam suas obras no evento, 26 são do Rio de Janeiro e 14 de São Paulo. Bahia e Paraná são representados por nove nomes cada. Participam ainda quatro autores da Paraíba, dois do Mato Grosso, dois de Minas Gerais, dois do Rio Grande do Sul. O Distrito Federal e os estados de Goiás, do Rio Grande do Norte, do Ceará e de Santa Catarina têm um representante cada.
A programação completa está disponível no site www.funarte.gov.br .