Os destroços do Titanic, o transatlântico que afundou no Atlântico Norte há 100 anos ao se chocar contra um iceberg, serão protegidos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).
O anúncio foi feito na semana passada, na sede da organização, em Paris. "Um século depois do naufrágio, os destroços agora estão protegidos pela Convenção da Unesco para a proteção do patrimônio cultural subaquático", comunicou a Unesco.
Os restos do Titanic - encontrados por uma expedição liderada pelo americano Robert Ballard, em 1985 - estão a cerca de 4.000 metros de profundidade, nas proximidades do litoral de Terra Nova. "Até agora, o Titanic não podia ser beneficiado pela Convenção da Unesco, adotada em 2001, já que ela só pode ser aplicada aos vestígios submersos há pelo menos um século. A partir de agora, os estados que assinam a Convenção poderão proibir a destruição, a pilhagem, a venda e a dispersão de objetos encontrados no Titanic", explicou a nota da organização.
Graças ao anúncio desta quinta, o Titanic será protegido de explorações de caráter científico ou ético duvidoso. Objetos tirados ilegalmente do local do naufrágio, por exemplo, serão confiscados.